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Economia

- Publicada em 31 de Maio de 2017 às 12:07

Bitcoin movimenta negócios na economia real

Público acompanhou com atenção as explicações dos painelistas sobre o impacto das moedas digitais

Público acompanhou com atenção as explicações dos painelistas sobre o impacto das moedas digitais


MARCO QUINTANA/JC
Patrícia Comunello
Na Expointer de 2017, tradicional evento do agronegócio no Sul do Brasil, um produtor comprou uma vaca e usou bitcoins (BTC) para pagar a conta. Quem chamou a atenção para o que pode ser uma das primeiras vendas de animais usando a moeda digital mais popular na atualidade foi o mestre em Informática Aplicada e consultor em modelo de negócios Fausto Vanin, para mostrar quanto o mundo das criptomoedas invade cada vez mais a economia real, mas mais ainda começa a mexer nas referências das transações. 
Na Expointer de 2017, tradicional evento do agronegócio no Sul do Brasil, um produtor comprou uma vaca e usou bitcoins (BTC) para pagar a conta. Quem chamou a atenção para o que pode ser uma das primeiras vendas de animais usando a moeda digital mais popular na atualidade foi o mestre em Informática Aplicada e consultor em modelo de negócios Fausto Vanin, para mostrar quanto o mundo das criptomoedas invade cada vez mais a economia real, mas mais ainda começa a mexer nas referências das transações. 
Este foi o tom de Vanin e do economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Guilherme Stein no painel no Jornal do Comércio que focou o impacto das criptomoedas e a livre geração de valor. O evento foi uma parceria do JC e Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (Corecon-RS), que fez pela primeira vez seu Economia em Pauta em uma redação de jornal. O público lotou o salão de eventos do jornal na noite dessa terça-feira (24), indicando que está de olho e muito interessado em saber como funcionam essas moedas e a tecnologia que sustenta o modelo. 
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Vanin destacou a inovação que está na tecnologia do blockchain. Foto: Marco Quintana/JC 
Mas voltando à vaca. Para poder realizar o pagamento, o comprador teve de acionar, possivelmente, uma operadora (exchange) que faz a transferência do dinheiro aplicado em bitcoin para a conta do vendedor que recebeu em reais. O BTC e outras similares que movimentam esse novo mercado não são um meio de pagamento oficial. No caso do Brasil, o real. Real, dólar, euro etc são as chamadas moedas fiat, que são o dinheiro oficial em cada país. "Mas o 'cara' embaixo do BTC é o blockchain, é a tecnologia que está atrás", advertiu o consultor, referindo-se à arquitetura da programação que segue lógica de uma cadeia de blocos (tradução ao pé da letra do inglês).
Esta cadeia de blocos é responsável por garantir a segurança, a confiança e o processo característico das criptomoedas - que é a interligação de blocos que dificulta tentativas de alteração. "Por isso, diz-se que os dados no blockchain são imutáveis", define Vanin, explicando que quanto mais antiga a operação mais seguro está que foi validada pela cadeia anterior. O que o consultor procurou destacar é a relação de ganho individual e coletivo.
"Tem de criar um círculo virtuoso, se não não vai dar certo", previne o especialista. Vanin buscou mostrar as novas possibilidades de negócios que o blockchain está proporcionando, e que usam um dos trunfos do bitcoin em sua origem, a ideia de fazer transações sem intermediação ou centralização, que caracteriza os sistemas convencionais de bancos e outras modalidades do mercado financeiro regulados por governos e autoridades como bancos centrais. Há muitos exemplos, segundo o consultor. Mesmo em um campo recente como o dos aplicativos de transporte também surgem concorrentes de Uber e Cabify que eliminam a necessidade das empresas. "O Arcade foi criado por ex-motoristas do Uber nos Estados Unidos e utiliza a base do blockchain, sem intermediação", exemplifica Vanin. No Brasil, surgem iniciativas em seguros como o Mutual Life.
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Stein comparou o blockchain e as transações antes de surgirem as moedas físicas. Foto: Marco Quintana/JC
Guilherme Stein fez uma associação entre a modernidade das novas tecnologias com o passado, antes mesmo de surgirem as moedas como conhecemos hoje - aquelas que usamos fisicamente para comprar bens e pagar serviços. O economista explica que nas comunidades eram feitos registros de trocas de favores, por exemplo, em que as pessoas indicavam o que iam entregar e registravam no livro razão - o mesmo usado em contabilidade. "Essa nova tecnologia (blockchain) permite que se possa fazer um livro razão público (planilha pública) e, a partir daí, consegue-se fazer a geração livre de valor. É como se fosse um livro razão virtual", ilustra Stein. Os dois painelistas ressaltaram que a inovação ainda vai passar por mudanças, mas que a provocação é sobre os novos tipos de relações e empreendimentos. Muitos ainda estão por ser descobertos. 
> Assista ao vídeo com a íntegra do que rolou no evento:
 
 
 
 
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