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Indústria Automotiva

- Publicada em 09 de Outubro de 2017 às 22:22

Indústria automobilística ganhará força em 2018

Anfavea traça cenário de crescimento de dois dígitos tanto para vendas domésticas quanto para exportações

Anfavea traça cenário de crescimento de dois dígitos tanto para vendas domésticas quanto para exportações


/ANTONIO SCORZA/AFP/JC
 Após quatro anos seguidos em baixa, o consumo de veículos no Brasil está crescendo mais de 7% em 2017 e, na avaliação de executivos da indústria automobilística, essa recuperação deve se dar em ritmo ainda mais acelerado em 2018. Nesta segunda-feira, ao participarem de um congresso na zona Sul da capital paulista, dirigentes de montadoras e da Anfavea, a entidade que representa o setor, traçaram cenários de crescimento de dois dígitos tanto das vendas domésticas quanto da produção – esta última, também estimulada pelo desempenho recorde das exportações.
 Após quatro anos seguidos em baixa, o consumo de veículos no Brasil está crescendo mais de 7% em 2017 e, na avaliação de executivos da indústria automobilística, essa recuperação deve se dar em ritmo ainda mais acelerado em 2018. Nesta segunda-feira, ao participarem de um congresso na zona Sul da capital paulista, dirigentes de montadoras e da Anfavea, a entidade que representa o setor, traçaram cenários de crescimento de dois dígitos tanto das vendas domésticas quanto da produção – esta última, também estimulada pelo desempenho recorde das exportações.
O otimismo vem da melhora da confiança dos consumidores e das empresas, que compram veículos comerciais para transporte de mercadorias, da recuperação da atividade econômica e da queda da inflação e dos juros. São fatores que, combinados a uma visão de que a economia se descolou da política – permitindo a perspectiva positiva a despeito das eleições do ano que vem –, ajudam a destravar a renovação de frotas.
Mesmo que não seja suficiente para reverter uma ociosidade nas montadoras, que deve encerrar o ano em torno de 45%, a reação dessa indústria, responsável por cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), já leva a MAN a cancelar, conforme confirmado nesta segunda-feira, as férias coletivas de fim de ano em sua fábrica no Sul do Rio de Janeiro, assim como encoraja a General Motors (GM) a preparar mais investimentos no Brasil, como antecipou nesta segunda o presidente da montadora no Mercosul, Carlos Zarlenga.
Em sua apresentação no congresso, realizado pela Autodata, Zarlenga – que já havia sido certeiro ao prever, há três anos, a intensidade da crise que atingiu o mercado automotivo – divulgou previsões de crescimento de 7% a 16% nas vendas de veículos novos no Brasil em 2018. Se suas contas estiverem certas, os brasileiros vão comprar entre 2,4 milhões e 2,6 milhões de veículos em 2018.
Nos anos seguintes, os cálculos da GM indicam que o mercado continuará crescendo a um ritmo anual próximo de 8% até chegar a 3,3 milhões de unidades em 2021, o que é 50% a mais do que o volume previsto para este ano, porém ainda bem abaixo do pré-crise, quando o setor chegou a emplacar quase 3,8 milhões de unidades.
Antes de Zarlenga, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, avaliou no congresso que o pior momento já foi superado, considerou que o País tem potencial de voltar a estar entre os cinco maiores mercados do mundo até meados da próxima década e, incluindo na análise a retomada das exportações, previu que as montadoras devem voltar a montar 3 milhões de veículos em 2018, 11% acima do previsto para este ano.
Na mesma linha, Roberto Cortes, presidente da MAN, que produz os caminhões e ônibus da marca Volkswagen, estimou crescimento de dois dígitos tanto do mercado quanto da produção de veículos comerciais pesados em 2018. “A bolsa cresceu 77% nos últimos seis meses, o risco Brasil caiu, o real está estável, e a taxas de juros são a metade do que eram”, comentou o dirigente da MAN. “Esperamos crescimento do PIB relativamente alto em 2018”, acrescentou.
Vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb disse ser possível um crescimento próximo de 10% no ano que vem, mas, diferentemente de seus pares, mostrou desconfiança em relação à sustentabilidade da retomada do mercado e à manutenção das altas taxas de crescimento. “O motor do crescimento não é igual ao do passado, mas isso não significa que não teremos crescimento”, assinalou.
Financiamento ainda caro e alta seletividade bancária nas liberações de crédito, dado o risco de inadimplência elevado, estão entre os fatores que, segundo Golfarb, tiram tração de uma recuperação que, por enquanto, tem se baseado em exportações e vendas a frotas, menos rentáveis do que as fechadas no varejo. “Há, sem dúvida, uma inflexão, mas somos cautelosos sobre uma recuperação mais acentuada”, afirmou o executivo da Ford.

Volkswagen anuncia substituição do comando no Brasil e na América do Sul

Powels trocou Brasil pela China

Powels trocou Brasil pela China


/Volkswagen/Divulgação/JC
Pablo Di Si, então presidente da Volkswagen Argentina, assume a presidência da Volkswagen Brasil e América do Sul no lugar de David Powels, que irá para Xangai como 1º vice-presidente e vice-presidente Comercial da Saic Volkswagen Automobile.
Di Si iniciou sua carreira no Grupo Volkswagen em 2014. Anteriormente, ocupou posições-chave nas áreas de Finanças e Desenvolvimento de Negócios nos Estados Unidos e no Brasil, onde viveu por 11 anos.
Powels ocupou o cargo de presidente e CEO da Volkswagen do Brasil desde 2015. Em Outubro de 2016, também passou a ser responsável pela Região SAM (que engloba 29 países na América Latina, América Central e Caribe).
Nos últimos três anos, Powels definiu uma estratégia de renovação do portfólio de produtos, com 20 lançamentos até 2020, começando com o Novo Polo e a introdução da plataforma MQB, que será a base de produção de novos veículos na região. Além disso, acelerou o processo que permitiu a ampliação na participação em vendas na região SAM, com crescimento das exportações a partir do Brasil.
A Volkswagen projeta um crescimento anual no Brasil de 10%, em média, pelos próximos quatro anos, afirma o novo presidente da montadora. "A economia vai seguir crescendo, e há um descolamento da parte política e econômica no País", diz o executivo.
Além disso, o aumento da demanda argentina deverá garantir a alta das vendas externas - que foi de 62% neste ano, até setembro, para a montadora, segundo Di Si, que vem justamente da sede argentina da companhia. Precisamos melhorar a competitividade para exportar também a novos mercados emergentes, como Turquia, Egito, Chile."
A empresa prevê 20 lançamentos até 2020 no mercado brasileiro. O primeiro deles, o novo Polo, já foi colocado no mercado, e o segundo, o sedã Virtus, será lançado em janeiro de 2018. Outros produtos serão anunciados no próximo ano, diz ele, que não deu mais detalhes.
Grande parte do investimento de R$ 7 bilhões anunciado até 2020 será destinado ao reajuste de demanda com fornecedores, segundo Di Si. "A cadeia passou por uma retração. Um dos maiores perigos é que o fornecimento não acompanhe a retomada."
A empresa anunciou, nesta segunda-feira, que decidiu cancelar as férias coletivas de funcionários da sua fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, pela primeira vez em seis anos, motivada por sinais de retomada na demanda por veículos pesados pelo lançamento da família de modelos leves urbanos.
Em relação ao fim do Inovar-Auto e uma possibilidade de aumento das importações de componentes, Di Si afirma que é preciso que os fornecedores locais tenham mais competitividade. "O Rota 2030 - programa que substituirá o Inovar-Auto - também ajudará a desenvolver o restante da indústria", afirmou.
 

Mercedes-Benz vai investir R$ 2,4 bi em duas fábricas brasileiras até 2020

A Mercedes-Benz anunciou, na manhã desta segunda-feira, um investimento de R$ 2,4 bilhões para o período de 2018 a 2020 no País. O valor será gasto principalmente na modernização da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Uma parte menor também vai para fábrica de Juiz de Fora (MG). O valor é adicional aos R$ 730 milhões que o grupo está aplicando de 2015 a 2018, que está em fase final. Segundo o presidente da Mercedes, Philipp Schiemer, no momento não estão previstas contrações. "Estamos com o quadro ajustado."
A fábrica do ABC emprega hoje 7,7 mil funcionários e opera com jornada normal de trabalho, após mais de um ano de jornada reduzida. Também não há mais funcionários em lay-off. Além da retomada da economia brasileira o grupo aposta no aumento das exportações, que neste ano já cresceram 25% em relação ao ano passado.