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Política

- Publicada em 25 de Setembro de 2017 às 20:05

Após reunião no STF, Maia diz que não cabe fatiamento de votação de denúncia

Agência Estado
Depois de uma reunião de cerca de duas horas no Supremo Tribunal Federal (STF) com a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta segunda-feira (25), que não cabe fatiamento da votação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).
Depois de uma reunião de cerca de duas horas no Supremo Tribunal Federal (STF) com a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta segunda-feira (25), que não cabe fatiamento da votação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).
"Entendemos pelo precedente que existe no Supremo de 1990 (uma questão de ordem julgada em 1990) e pela forma como o Supremo encaminhou a denúncia, uma denúncia única, não cabe fatiamento da denúncia por crime ou por autoridade. O que cabe é uma votação única autorizando ou não que o Supremo siga com a denúncia", disse Rodrigo Maia a jornalistas, ao deixar o gabinete de Cármen.
"Se vai haver algum tipo de mudança, acho que não pode nem ser por consulta, deveria ser em cima de algum instrumento, mandado de segurança, para que o Supremo possa manter ou mudar a interpretação. Mas pra mim é muito claro que é uma votação só. O precedente é esse (de 1990) e a peça foi encaminhada de forma única. É sim ou não no meu ponto de vista", completou o presidente da Câmara.
Maia destacou que a acusação formal contra os ministros de Temer é de organização criminosa. "Como é que você vai separar essa parte, que é conexa 100% um do outro?", questionou. "Se fosse talvez outro crime você poderia até pensar em fazer algum tipo de separação. Mas nesse crime eu acho que, com o precedente, com esse crime, e a decisão do Supremo de encaminhar a peça única", prosseguiu. O presidente da Câmara frisou a importância de se avançar na discussão da denúncia para que, depois da votação, a Casa retome a sua agenda. Segundo Maia, a MP do Refis deve ser votada nesta quarta-feira, 27.
Maia chegou ao STF acompanhado de Leonardo Barbosa, do Núcleo de assessoramento jurídico da secretaria-geral da Mesa, que está tratando do tema da tramitação da denúncia. Havia a expectativa dentro da Corte de que o assunto fosse tratado entre Cármen e Maia.
Indagado por repórteres se conversou com a presidente do STF sobre a votação da denúncia, Maia desconversou. "O Supremo não vai se manifestar se não for chamado a isso. Agora, eu tenho sempre um diálogo com a presidente Cármen Lúcia, a gente dialoga sobre todos os temas e, graças a Deus, na minha presidência, em conjunto com a presidência dela, nesse mesmo período a gente tem tido sempre uma relação muito harmoniosa, respeitosa, garantindo a independência dos poderes", disse Maia.
Sobre a data de votação da denúncia no plenário da Câmara, Maia enfatizou que, apesar da expectativa dentro do Planalto de que a apreciação ocorra na segunda quinzena de outubro, quem tem a prerrogativa de definir a data é ele.
"Quem marca data é o presidente da Câmara, não o Palácio do Planalto. Eu não sei quando o presidente vai fazer a defesa dele Como eu não sei a data em que ele pretende entregar a defesa, eu não posso falar de data pra votar. Mas a data pra votar na Câmara dos Deputados é o presidente da Câmara quem marca", afirmou Maia.
"A partir do momento que a denúncia chega à Câmara o meu papel em relação à denúncia é não comentar, não ter nenhum tipo de comentário, para que não gere nenhum tipo de posição do presidente da Câmara. Como eu não tenho o papel de votar, tenho o papel de presidir, eu acho que nesse caso e como foi na outra (denúncia), o meu silêncio nesse momento ajuda mais do que eu ficar tendo opinião sobre a denúncia", observou Maia.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), passou a cogitar a possibilidade de consultar o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o rito de votação da nova denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência).
Há um imbróglio jurídico sobre o trâmite processual da ação na Câmara. A Secretaria Geral da Mesa Diretora (SGM) decidiu que vai mandar a peça conjunta para a CCJ, mas parlamentares da oposição e da própria base querem que a denúncia seja desmembrada. Se não houver consenso com a presidência da Casa, Pacheco não descarta a possibilidade de recorrer ao STF.
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