Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 19 de Setembro de 2017 às 15:33

Manifestações racistas e ataques a alunos negros são registrados na UFSM

Mensagens de cunho discriminatório foram escritas nas paredes do Diretório Livre do curso de Direito

Mensagens de cunho discriminatório foram escritas nas paredes do Diretório Livre do curso de Direito


FERNANDA RODRIGUES/FACEBOOK/REPRODUÇÃO/JC
Paulo Egídio
“Fora negrada”. “O lugar de vocês é no tronco”. Essas frases de cunho racista e manifestações de ódio contra dois alunos negros foram escritas nas paredes do Diretório Livre do curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na última quinta-feira (14). A Polícia Federal (PF) investiga o caso.
“Fora negrada”. “O lugar de vocês é no tronco”. Essas frases de cunho racista e manifestações de ódio contra dois alunos negros foram escritas nas paredes do Diretório Livre do curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na última quinta-feira (14). A Polícia Federal (PF) investiga o caso.
Além das mensagens racistas, os discentes Fernanda Rodrigues e Elisandro Ferreira foram citados nos dizeres. Nas redes sociais, Fernanda demonstrou indignação com o ocorrido. “Por mais que nós, como dois negros, lidemos com o racismo todo santo dia, nunca esperamos por uma atitude tão preconceituosa como esta, que demonstra o pior do ser humano”, declarou a jovem em seu perfil no Facebook.
Em nota, o diretório do curso de Direito repudiou a manifestação de preconceito. “A covardia de quem anonimamente vomitou seu preconceito e sua ignorância, é combustível para as nossas convicções antirracistas, de combate a todo tipo de opressão e exploração, e nos traz a certeza de estarmos do lado certo da história”, declarou o diretório, que promoveu, nesta segunda-feira (18), uma intervenção antirracista no prédio da antiga reitoria da universidade.
Este não é o primeiro episódio envolvendo incitação à discriminação no diretório. Em agosto, suásticas nazistas foram desenhadas nas paredes do local. De acordo com a reitoria da UFSM, a denúncia feita na ouvidoria da universidade foi acolhida, e a instituição abriu um processo administrativo disciplinar sobre o caso. Além de investigar internamente, a instituição garante que auxiliará a PF “em tudo o que for necessário” durante o inquérito.
Responsável pelo caso, a Delegacia da Polícia Federal em Santa Maria relata que, após um levantamento inicial, apurou que não há câmeras ou qualquer controle de acesso ao local, o que dificulta a identificação dos responsáveis. De acordo com a assessoria da PF, as investigações ainda não indicaram nenhum suspeito.
O crime de injúria racial é tipificado no Artigo 140 do Código Penal. De acordo com o dispositivo, injuriar seria ofender a dignidade ou o decoro utilizando elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. A pena estabelecida é de um a três anos de reclusão, além de multa.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO