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Medicina e Saúde

- Publicada em 29 de Setembro de 2017 às 12:54

Uma em cada três pessoas é alérgica

Simão destaca parto natural e aleitamento materno como prevenção

Simão destaca parto natural e aleitamento materno como prevenção


FREDY VIEIRA/JC
Alergias a pólen, ácaros e alimentos como peixe e camarão são mais conhecidas do público, mas uma reação à capa de celular ainda soa estranho. Porém os números comprovam o aumento da sensibilidade a objetos e alimentos de uso cotidiano, assim como a alergia às proteínas do leite de vaca e a intolerância ao glúten, que seguem crescendo. A alergia é considerada uma doença moderna, porque vem se expandindo e está relacionada ao estilo de vida urbano. Atualmente, uma em cada três pessoas é alérgica. No mundo, em torno de 1 bilhão sofre deste mal. A perspectiva é de que, em 2050, este índice alcance 4 bilhões de alérgicos. Na próxima década, esse número poderá dobrar e alcançar 50% da população mundial.
Alergias a pólen, ácaros e alimentos como peixe e camarão são mais conhecidas do público, mas uma reação à capa de celular ainda soa estranho. Porém os números comprovam o aumento da sensibilidade a objetos e alimentos de uso cotidiano, assim como a alergia às proteínas do leite de vaca e a intolerância ao glúten, que seguem crescendo. A alergia é considerada uma doença moderna, porque vem se expandindo e está relacionada ao estilo de vida urbano. Atualmente, uma em cada três pessoas é alérgica. No mundo, em torno de 1 bilhão sofre deste mal. A perspectiva é de que, em 2050, este índice alcance 4 bilhões de alérgicos. Na próxima década, esse número poderá dobrar e alcançar 50% da população mundial.
Em todos os casos, quem está mais suscetível são pessoas que apresentam predisposição genética e têm a exposição ambiental a fatores desencadeadores de alergias. "O desenvolvimento da alergia, em geral, é uma reação exagerada das defesas do organismo contra agentes que, em princípio, são inofensivos, um desequilíbrio entre fatores protetores e agravantes. Exemplos de prevenção contra as alergias são parto natural, aleitamento materno e não utilização de antibióticos. Sempre levando em consideração o terreno fértil da genética", explica o presidente do Comitê de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Hélio Miguel Simão.
A expansão também é explicada como uma consequência da mudança nas expressões dos genes, que ocorre através da epigenética, que nada mais é que o estilo de vida. Estudos comprovam que alguns genes atuam de forma a proteger ou a predispor maior sensibilidade. A tecnologia utilizada nos novos exames moleculares também contribui para que sejam realizados diagnósticos com mais precisão, o que acaba impactando as estatísticas.
Em relação à alergia respiratória, rinite, por exemplo, há indicações de que, em algumas regiões do Brasil, como no Sul, atinja 30% da população, dado que varia conforme a faixa etária. O principal fator desencadeante para rinite alérgica, em geral, são os ácaros da poeira doméstica. O clima e a poluição também contribuem dentro dos fatores ambientais causando as chamadas rinites não alérgicas. "Em nosso Estado, a alergia a pólen é frequente, principalmente pólen de gramíneas. Estes pacientes pioram muito na primavera, alguns com conjuntivite ou asma associada", comenta o médico.
Cerca de 95% das alergias alimentares estão associadas ao consumo de leite, ovo, trigo, soja, peixe, frutos do mar, castanha e amendoim. Uma confusão atual bem comum é a generalização das chamadas "intolerâncias". Em relação ao leite, o especialista esclarece que podem acontecer três reações: primeiro, a intolerância ao açúcar do leite, à lactose, doença rara que acontece geralmente nos extremos da vida. Dentro das alergias às proteínas do leite de vaca existe ainda a mediada por anticorpos tipo IgE, que provocam reações na pele, sintomas respiratórios e digestivos, podendo evoluir para a anafilaxia. E também as alergias não mediadas por anticorpos, cujo diagnóstico é realizado com base nos sintomas gastrointestinais, terceira reação.
Nos últimos cinco anos, tem crescido o número de casos de alergia ao glúten não celíaca. São pessoas que passam a ter sintomas gastrointestinais com ingestão de alimentos que contêm glúten. Como não existem exames específicos, o diagnóstico é feito pelos sintomas clínicos e pela retirada do glúten da dieta por quatro semanas.
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