Acesso à tecnologia ainda é um desafio

A interligação de dados e o ingresso cada vez maior de meios digitais nos processos são realidade no meio contábil, mas ainda engatinham quando o assunto são auditorias. Presidente do Comitê de Empresas de Pequeno e Médio Porte da Ifac (International Federation of Accountants), empresa multinacional especializada em controle, e uma das palestrantes que abriu nesta quarta a Convenção de Contabilidade, em Gramado, Mônica Foerster vê dificuldade dos auditores em ter contato com as ferramentas.

O principal motivo é pelo fato de ainda estar em implementação. Para Mônica, ainda há falta de padronização entre aquelas já existentes. "O auditor já usa o meio digital para várias das suas atividades, mas há uma série de ferramentas que ajudariam esse profissional a usar melhor o tempo para um julgamento mais consistente da situação", explica.

Em contrapartida, a regulação das normas a partir de convenções internacionais trouxe mais qualidade às práticas de auditoria no Brasil, na visão da palestrante. "Isso permite, por exemplo, que um profissional brasileiro seja contratado por uma empresa multinacional, a fim de realizar auditoria aqui no País ou no exterior. Há segurança por parte dos contratantes sobre a aplicação das mesmas regras", explica a dirigente do comitê. A questão legal, aliada à atualização do profissional e da ampliação do leque de serviços do auditor ao cliente também são pontos importantes para o fortalecimento do especialista, cada vez mais requisitado pelas empresas para varrer possíveis inconsistências e irregularidades no meio corporativo.