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Economia

- Publicada em 26 de Setembro de 2017 às 22:29

Acordo para resíduos deve chegar a eletroeletrônicos

Hartmann defende mudança de paradigma no sistema industrial

Hartmann defende mudança de paradigma no sistema industrial


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jefferson Klein
Se tudo transcorrer dentro do previsto, a próxima cadeia produtiva que deve assinar um acordo setorial dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos (instituída pela Lei nº 12.305, de 2010) é a de eletroeletrônicos. A coordenadora de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, Sabrina Andrade dos Santos Lima, acredita que o acerto possa ser concretizado antes do início de 2018.
Se tudo transcorrer dentro do previsto, a próxima cadeia produtiva que deve assinar um acordo setorial dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos (instituída pela Lei nº 12.305, de 2010) é a de eletroeletrônicos. A coordenadora de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, Sabrina Andrade dos Santos Lima, acredita que o acerto possa ser concretizado antes do início de 2018.
O acordo setorial é firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes para estabelecer a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. A meta é promover a logística reversa, que prevê que, após passar pelo consumidor final, artigos voltem às suas origens para reaproveitamento ou para outra destinação ambientalmente adequada. Até o momento, já foram assinados os acordos setoriais de embalagens plásticas de óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, e de embalagens em geral.
Apesar desse avanço, a coordenadora de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente admite que o cronograma de aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos não está se desenvolvendo como se esperava originalmente. Entre as dificuldades enfrentadas, Sabrina cita problemas sociais, financeiros e de pessoal para efetivar as ações necessárias. A integrante do Ministério do Meio Ambiente participou ontem do Energiplast 2017, promovido pelo Comitê Sinplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul) de Reciclagem, na Fiergs.
O diretor da Comeplax, Soluções em Reciclagem e coordenador do Comitê Sinplast de Reciclagem, Luiz Henrique Hartmann, defende que é preciso mudar paradigmas nos processos industriais. O dirigente explica que o modelo tradicional é de uma economia linear, que extrai, transforma, consome e descarta. Dentro desse cenário, Hartmann comenta que cerca de 95% dos artigos produzidos, em geral, são jogados fora após o primeiro uso. Muitos desses itens acabam parando em locais inadequados, como rios e oceanos. O plástico compõe a maior parte dos resíduos descartados, e as embalagens plásticas representam 26% desse material.
O vice-coordenador da Câmara Nacional de Plásticos Reciclados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e vice-presidente do Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense (Sinplasc), Alceu Lorenzon, comenta que é viável utilizar materiais reciclados em 90% das cadeias produtivas, como peças automotivas, eletrodomésticos, brinquedos, entre outros. Além disso, a possibilidade de os fabricantes de plásticos colocarem orientações em seus produtos sobre como reciclar está sendo discutida na Câmara Nacional de Plásticos Reciclados da Abiplast.
Entretanto o dirigente salienta que a relação de custos entre matérias-primas recicladas e virgens é uma barreira a ser vencida. "Reciclar é uma coisa muito bonita, utópica, não se encontra quem é contra, mas reciclar para que, se não temos um mercado, se hoje o material virgem que vem dos países asiáticos é mais barato do que o reciclado aqui no Brasil?", indaga.
 
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