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Clubes

- Publicada em 25 de Setembro de 2017 às 00:09

Grêmio Náutico União investirá R$ 1,3 milhão no Petrópole

Clube está localizado em terreno avaliado em R$ 32,5 milhões

Clube está localizado em terreno avaliado em R$ 32,5 milhões


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Último movimento entre clubes sociais na Capital, a incorporação do Petrópole Tênis Clube (PTC) pelo Grêmio Náutico União (GNU), fechada na semana passada, resultará em pelo menos R$ 1,3 milhão em investimentos até o fim de 2018. As melhorias mais urgentes, segundo a direção do União, passam por reformas nas piscinas, nos vestiários e no ginásio, além de adequações para aprovação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) da sede do agora extinto PTC, localizada em um terreno de 22 mil m2 no bairro Petrópolis e avaliada em R$ 32,5 milhões.
Último movimento entre clubes sociais na Capital, a incorporação do Petrópole Tênis Clube (PTC) pelo Grêmio Náutico União (GNU), fechada na semana passada, resultará em pelo menos R$ 1,3 milhão em investimentos até o fim de 2018. As melhorias mais urgentes, segundo a direção do União, passam por reformas nas piscinas, nos vestiários e no ginásio, além de adequações para aprovação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) da sede do agora extinto PTC, localizada em um terreno de 22 mil m2 no bairro Petrópolis e avaliada em R$ 32,5 milhões.
"A necessidade imediata é a reforma das piscinas e vestiários, para que possam ser usados já no verão. Depois, vamos aos poucos", comenta o presidente do União, José Naja Neme da Silva. O segundo passo, quase simultâneo, será no ginásio poliesportivo, que também passará por melhorias para receber esportes do União que atualmente não possuem espaço físico. A única mudança confirmada até agora é a da equipe de ginástica rítmica, que vinha treinando em um local alugado.
Será feito também um estudo do casarão social do PTC, para determinar as reformas necessárias. A edificação, que chegou a ficar fechada por alguns anos, foi reformada recentemente em parceria com a CasaCor, que realizou duas edições da exposição arquitetônica no local e devolverá o prédio ao clube em novembro com benfeitorias estimadas, à época da cedência, em R$ 4,2 milhões.
Em um futuro breve, segundo Silva, outro objetivo é a construção de um estacionamento na agora quarta sede do União (o clube mantém outras três nos bairros Moinhos de Vento, Petrópolis e na Ilha do Pavão). "É uma grande meta nossa, a médio prazo, pois o clube sempre se preocupou muito com segurança e ali não há estacionamento ainda, e é algo fundamental", afirma o presidente.
Tudo será destravado a partir do término dos trâmites burocráticos da incorporação, que foi sacramentada na última segunda-feira, com a aprovação em assembleia pelos associados do União. A expectativa é de que o processo cartorial seja vencido ainda em outubro, concluindo o processo.
Silva ressalta que todos os investimentos se encaixam no planejamento financeiro do clube. "Tudo que a gente faz, fazemos com muito estudo, e vimos que temos condições financeiras de assumir esse compromisso", garante o presidente. O aporte, embora considerável, não é tão significativo na comparação com o tamanho do próprio União, uma das maiores agremiações do Brasil. O valor pode ser recuperado, por exemplo, com a venda de cerca de 180 títulos do clube, quantidade relativamente pequena em relação ao quadro atual de 28 mil sócios pagantes, ao qual serão agregados mais 1,3 mil sócios e dependentes do PTC.
O quadro social, claro, diminuiu nos últimos anos por conta da crise econômica, mas Silva comenta que já se percebe uma reação no interesse por títulos, inclusive pelo atrativo da segurança dada pelos clubes em suas instalações. O objetivo principal da incorporação, comenta o dirigente, é dar maior conforto aos sócios, pois, apesar da multiplicidade de sedes, havia falta de espaços para determinadas atividades, que agora devem ser supridas.
Além disso, há a perspectiva de atrair mais associados. O interesse de possíveis sócios, geralmente, tem a ver com a proximidade da sede, e o entorno do PTC é formado por vários edifícios, com quantidade significativa de moradores. O bairro, aliás, pela presença da sede Alto Petrópolis, já é responsável por 30% do quadro do União, proporção que deve aumentar com a incorporação dos sócios do PTC. Silva ainda descarta novas fusões. "Nosso compromisso é fazer o PTC seguir a linha do União, com investimentos, conforto, a possibilidade de mais associados. Por enquanto não se pensa em maiores expansões", afirma. 

Sede incorporada manterá nome e memorial do clube

Descrita pelo Grêmio Náutico União como um "sonho antigo", a incorporação do Petrópole Tênis Clube já havia sido tentada, sem sucesso, na década passada. Dessa vez, porém, após quatro meses de tratativas entre as diretorias, chegou-se a um protocolo de intenções, aprovado pelos sócios do PTC em agosto. A fusão não é uma relação de compra e, por isso, não envolve valores.
Entre o negociado, foi acertado que o espaço será chamado de "Sede Petrópole Tênis Clube", mantendo a tradição do clube agora extinto também com uma espécie de memorial. "É um reconhecimento da importância do clube, com uma história de 76 anos na área social e esportiva, que foi muito forte, por exemplo, no basquete gaúcho", justifica o presidente do União, José Naja Neme da Silva.
Para o presidente do PTC, Rodney Mombach, há dois motivos que explicam a decisão do clube. O primeiro é que os associados passarão a ter acesso a quatro sedes. Na negociação, ficou acertado que não haverá diferenciação entre os sócios, sem restrições de utilização, por exemplo. Todos os funcionários do PTC serão mantidos, e os contratos de serviços terceirizados (como escolinhas) serão mantidos pelo União até o seu término, em março de 2018.
A segunda, mais decisiva, é que o clube não tinha condições de modernizar o espaço. Principal esporte do clube, as sete quadras de tênis (duas delas cobertas) são as instalações em melhor estado, mas as demais demandavam investimentos. "Vínhamos ao longo dos anos com equilíbrio de caixa, no zero a zero. Viemos fazendo a manutenção ordinária, mas sem capacidade para melhorias", conta. Mombach assegura que, por conta do equilíbrio, não há passivo relevante, mas que a situação poderia mudar no futuro breve pela falta de aportes. A sede conta ainda com um campo de futebol, duas quadras de areia, duas piscinas térmicas e área de churrasqueiras.