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Conjuntura

- Publicada em 18 de Setembro de 2017 às 18:29

Em vídeo, Meirelles pede orações pela economia

Henrique Meirelles nega que gesto tenha componentes eleitorais

Henrique Meirelles nega que gesto tenha componentes eleitorais


JOSÉ CRUZ/JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
Em meio a convites para se candidatar à presidência da República em 2018 e a um processo de aproximação com a Assembleia de Deus, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, gravou, neste fim de semana, um vídeo em que pede a evangélicos orações pela economia brasileira. Meirelles declara ainda que compartilha dos "valores da lei de Deus e dos homens".
Em meio a convites para se candidatar à presidência da República em 2018 e a um processo de aproximação com a Assembleia de Deus, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, gravou, neste fim de semana, um vídeo em que pede a evangélicos orações pela economia brasileira. Meirelles declara ainda que compartilha dos "valores da lei de Deus e dos homens".
"Nossa meta é, de fato, fazer com que o País volte a ter emprego para todos. Para isso, preciso contar com a oração de vocês. Estamos juntos todos, trabalhando dentro dos princípios da ética, da integridade e do trabalho duro."
No vídeo, que parece ter sido gravado de forma amadora e que exibe os dizeres "outubro, mês de oração pela economia", o ministro da Fazenda diz, ainda, no final, que se sente "à vontade" para conversar com os evangélicos.
"Me sinto muito à vontade para conversar com vocês, porque temos os mesmos valores, valores da lei de Deus e dos homens, visando crescer, visando colaborar com o País. Preciso da oração de todos, estaremos aqui trabalhando, conto com vocês."
De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, o ministro foi convidado para um evento da Assembleia de Deus em Madureira, no Rio de Janeiro, mas não pode comparecer, e, por isso, gravou o vídeo, que vem sendo compartilhado em grupos de redes sociais. A assessoria afirmou que não sabe quem editou o material.
Meirelles vem se aproximando da Assembleia de Deus nos últimos meses - no final do mês passado, participou de uma Convenção da denominação em Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde pediu aos presentes oração pela agenda de reformas e ouviu manifestações de apoio. Também já se encontrou com lideranças da igreja em outras ocasiões.
Na semana passada, o ministro da Fazenda recebeu, em sua residência, a bancada do PSD na Câmara, partido ao qual é filiado, e foi convidado a se candidatar à sucessão de Michel Temer no ano que vem. Meirelles negou uma possível candidatura, mas o líder do partido na Câmara, Marcos Montes (MG), afirmou que o ministro recebeu com "entusiasmo" o pedido da bancada. "Ele começa a se descolar como um candidato que tem afinidade com o mercado e com a sociedade. Ele recebeu (o pedido da bancada para se candidatar) com entusiasmo. Se vier a ser chamado, ele não disse isso, mas o partido tem certeza de que ele atenderá ao chamado da sociedade", afirmou Montes na saída do almoço.
Logo depois da reunião, o ministro da Fazenda usou sua conta em rede social para negar a pré-candidatura à presidência. "Eu não sou pré-candidato à presidência da República. Estou concentrado em meu trabalho na Fazenda, para colocar o Brasil na rota do crescimento sustentado. Fiquei muito honrado com as palavras de todos os deputados do PSD. Seguirei debatendo a política econômica com todos os parlamentares", afirmou Meirelles.
Segundo relato de deputados e do próprio Montes, o ministro sorriu ao ser mencionado como candidato da legenda à presidência. "Sorriu, o que é melhor do que palavras", afirmou Montes, segundo quem Meirelles autorizou a bancada a falar em seu nome. "Viemos aqui comemorar os números econômicos e colocar um verniz político nessa atuação econômica."
> Assista ao vídeo com a mensagem do ministro:

Projeção do IPCA para 2017 cai de 3,14% para 3,08%, mostra Focus

Sob influência da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada na semana passada, os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o indicador oficial de preços - para este e o próximo ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira pelo BC, mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,14% para 3,08%. Há um mês, estava em 3,51%. A projeção para o índice de 2018 foi de 4,15% para 4,12%, ante 4,20% de quatro semanas atrás.
Na prática, as projeções de mercado agora divulgadas no Focus indicam que a expectativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto percentual (inflação entre 3,0% e 6,0%). Portanto a projeção para este ano está cada vez mais próxima do piso para cumprimento da meta.
Após a divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), na última quinta-feira, dia 14, os economistas do mercado financeiro mantiveram as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. A expectativa de alta para o PIB deste ano seguiu em 0,60% no Relatório de Mercado Focus. Há um mês, a perspectiva estava em 0,34%. Para 2018, o mercado elevou a previsão de alta do PIB de 2,10% para 2,20%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,00%. Na quinta-feira, o BC informou que o IBC-Br avançou 0,41% em julho, já descontados os efeitos sazonais, e atingiu o maior nível desde dezembro de 2015.
Focus - Projeção Semanal

Monitor do PIB da FGV aponta alta de 0,1% em julho

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve ligeira alta de 0,1% em julho ante junho, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. O indicador divulgado nesta segunda-feira antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Na comparação com julho do ano passado, o PIB cresceu 1,3%, apontou o Monitor da FGV. "Estas taxas apontam claramente para o fim da recessão", afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 1,1% no trimestre móvel encerrado em julho. Os destaques foram os desempenhos positivos da agropecuária ( 11,7%), extrativa mineral ( 4,5%), indústria de transformação ( 1,6%, primeiro resultado positivo desde o primeiro trimestre de 2014), comércio ( 3%), transportes ( 2,4%), e outros serviços ( 1,5%). Por outro lado, a construção teve retração de 6,8%.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou crescimento de 1,9% no trimestre móvel terminado em julho, ante o mesmo trimestre de 2016. O consumo de bens não duráveis cresceu 1%, enquanto o de semiduráveis subiu 8,6%, e o consumo de bens duráveis aumentou 7,7%.
A Formação Bruta de Capital Fixo caiu 4,5% no trimestre móvel até julho. O desempenho do componente de máquinas e equipamentos voltou ao patamar positivo ( 3%), mas o componente de construção registrou queda de 9,7%.