Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Conjuntura

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 20:09

Reformas podem elevarPIB potencial para 3,7%

Ministro da Fazenda está otimista com o desempenho econômico

Ministro da Fazenda está otimista com o desempenho econômico


JOSÉ CRUZ/JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
Ainda na defesa das reformas estruturais, como a da Previdência e as microeconômicas, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) potencial do Brasil pode chegar a 3,7% nos próximos anos caso essas mudanças sejam realizadas.
Ainda na defesa das reformas estruturais, como a da Previdência e as microeconômicas, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) potencial do Brasil pode chegar a 3,7% nos próximos anos caso essas mudanças sejam realizadas.
Hoje, segundo ele, o PIB potencial aponta para um crescimento de 2%. Meirelles afirmou que a estimativa de PIB potencial de 3,7% com as reformas é conservador e que, num cenário otimista, esse crescimento pode chegar a 4,5%. "Se o Brasil entrar num ciclo virtuoso, com as reformas, numa hipótese otimista, o PIB potencial pode chegar a 4,3%, 4,5%."
Segundo ele, as reformas microeconômicas vão ajudar a aumentar a produtividade. "O importante é que esse ciclo de crescimento seja longo e de menor volatilidade", disse.
No discurso de abertura do Prêmio Empresas Mais, do Grupo Estado, o ministro da Fazenda voltou a afirmar a importância da reforma da Previdência para a economia brasileira. Segundo ele, somente o gasto com benefícios previdenciários vai corresponder a 80% do Orçamento, caso não haja mudanças nas regras da Previdência. Hoje, somente essa despesa representa cerca de 50% das despesas do governo.
Em termos de proporções do PIB, os gastos do governo vão alcançar 25% em 2026, ultrapassando o Teto de Gastos, caso a reforma não seja realizada, diz Meirelles. Por outro lado, se for aprovada, as despesas caem a 15% do PIB no mesmo ano, dos 20% que ocupam do PIB atualmente.
Ele voltou a dizer que o único País que tem idade média de aposentadoria menor que a do Brasil, que é de cerca de 59 anos, é Luxemburgo. E que até mesmo o México, país com situação econômica similar à brasileira, tem idade média de aposentadoria de 71 anos.
O ministro também ressaltou que o Brasil tem gasto com Previdência em relação ao PIB maior que a do Japão, que tem grande parcela da população idosa.
Meirelles afirmou que o governo trabalha para encaminhar ao Congresso a nova lei de recuperações judiciais até a próxima semana. "Estamos encaminhando para ser analisada pelos órgãos técnicos do governo para que isso possa ser encaminhado para o Congresso até a semana que vem", afirmou.
Pelo projeto, as empresas falidas poderão tomar empréstimos com os credores. Aqueles que aceitarem liberar créditos ganham prioridade na fila de pagamentos.
Com a proposta, o governo tenta diminuir o prazo médio da recuperação judicial para um intervalo entre três e quatro anos. Dados da Serasa Experian mostram que, hoje, o processo demora quase cinco anos. Apenas uma em quatro empresas consegue efetivamente se recuperar.

Previsão de déficit do Governo Central piora para R$ 159 bilhões, mostra Prisma

Com a aprovação pelo Congresso das novas metas fiscais para 2017 e 2018 - ambas fixadas em déficits primários de R$ 159 bilhões -, as projeções para as contas públicas feitas pelos analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda no boletim Prisma Fiscal de setembro indicam que o governo conseguirá cumprir os objetivos. O documento foi divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta.
A mediana das projeções do mercado para o déficit neste ano passou de R$ 154,841 bilhões para R$ 159,000 bilhões, exatamente na nova meta de saldo no vermelho de 2017. A meta anterior era de um rombo de R$ 139 bilhões.
Já para 2018, os analistas projetaram um déficit de R$ 156,341 bilhões, abaixo da meta de R$ 159 bilhões no negativo. No boletim de agosto - quando a meta para o próximo ano ainda era de déficit de R$ 129 bilhões - as previsões indicavam o saldo negativo de R$ 130,527 bilhões.
O Prisma deste mês voltou a revisar para baixo as previsões do mercado para a arrecadação das receitas federais. Em 2017, essa estimativa caiu de R$ 1,340 trilhão para R$ 1,337 trilhão. Para 2018, estimativa recuou de R$ 1,449 trilhão para R$ 1,440 trilhão.
A estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano também caiu de R$ 1,139 trilhão para R$ 1,134 trilhão, enquanto para o próximo ano passou de R$ 1,222 trilhão para R$ 1,210 trilhão.
Já pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central neste ano caiu de R$ 1,293 trilhão para R$ 1,290 trilhão. Para 2018, a estimativa aumentou de R$ 1,357 trilhão para R$ 1,363 trilhão.
A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2017 passou de 75,90% do Produto Interno Bruto (PIB) para 75,80% do PIB. Para 2018, a estimativa que estava em 79,06% do PIB em maio caiu para 78,82% do PIB no relatório desta quinta-feira.
O Prisma também atualizou as projeções fiscais neste e nos próximos dois meses. Para setembro, a estimativa de déficit primário passou de R$ 24,869 bilhões para R$ 23,907 bilhões.
Para outubro, a previsão de saldo negativo saltou de R$ 55 milhões para R$ 1,225 bilhão. Para novembro, a projeção de rombo passou de R$ 22,800 bilhões para R$ 20,004 bilhões.

IBC-Br sobe 0,41% em julho ante junho de 2017, com ajuste

Após avançar 0,55% em junho (dado já revisado), a economia brasileira registrou nova alta em julho de 2017. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,41% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O índice de atividade calculado pelo BC passou de 135,06 pontos para 135,62 pontos na série dessazonalizada de junho para julho. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde dezembro de 2015 (136,7 pontos).
Na comparação entre os meses de julho de 2017 e julho de 2016, houve alta de 1,41% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 137,84 pontos em julho, ante 135,92 pontos de junho deste ano e 134,28 pontos de julho do ano passado.
O IBC-Br acumulou alta de 0,14% em 2017 até julho. O percentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta recuo de 1,44% nos 12 meses encerrados em julho.
O índice teve alta de 0,22% no acumulado do trimestre encerrado em julho deste ano, ante os três meses anteriores, pela série ajustada do BC. Já na comparação do trimestre encerrado em julho deste ano com o mesmo período do ano passado, o IBC-Br avançou 0,91% pela série observada.
Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em junho, o IBC-Br passou de 0,50% para 0,55%. Em maio, o índice foi de -0,37% para -0,28%. No caso de abril, o percentual permaneceu em 0,19%. O dado de março foi revisado de -0,48% para -0,41% e o de fevereiro foi de 1,42% para 1,44%. Em relação a janeiro, o BC substituiu a taxa de 0,54% pela de 0,52%.
Conhecido como prévia do BC para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2017 é de avanço de 0,5%. No Relatório de Mercado Focus publicado na última segunda-feira a mediana das estimativas do mercado para o PIB este ano está em 0,60%.

Indicador de atividade da Serasa inicia segundo semestre com alta de 0,3%

A economia brasileira iniciou o segundo semestre com crescimento, como mostra o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal). O índice cresceu 0,3% em julho na comparação com junho, com ajuste sazonal. Em relação ao sétimo mês de 2016, o aumento foi de 0,9%, sem ajuste. No acumulado de 2017, a atividade econômica teve expansão de 0,1%.
O resultado de julho mostra que a atividade prosseguiu em trajetória de recuperação no começo do segundo semestre, depois de crescer no primeiro e no segundo trimestres, conforme a Serasa.
"A inflação baixa e controlada, a continuidade da redução das taxas de juros, o início do processo de recuperação do emprego formal, bem como do mercado de crédito, especialmente para as pessoas físicas, são elementos que estão influenciando a retomada do crescimento econômico", justificam, em nota, os economistas da instituição.
Sob a ótica da oferta, a indústria e o setor de serviços foram os responsáveis pelo avanço do indicador de atividade em julho. Conforme a Serasa, o segmento industrial cresceu 0,9%, enquanto o de serviços teve alta de 0,3%. Em contrapartida, o PIB da agropecuária cedeu 1,8% no sétimo mês do ano, depois de um primeiro semestre de "crescimento exuberante".
Já do lado da demanda agregada, houve crescimento nas exportações (2,3%), nos investimentos (0,9%) e nas importações (0,1%). Na contramão, o consumo das famílias e do governo apresentaram quedas de 1,0% e de 0,5%, respectivamente.