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JC Contabilidade

- Publicada em 21 de Setembro de 2017 às 16:13

Governo não obtém consenso para votar MP do novo Refis

Depois de muitas negociações na semana passada, com reuniões no Palácio do Planalto entre o presidente Michel Temer, líderes partidários da Câmara, representantes da equipe econômica e a participação a distância do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não houve acordo em relação à medida provisória que altera regras do programa de parcelamento das dívidas tributárias com a União (Refis). Meirelles informou que as negociações prosseguem nesta semana e que "permanecem em vigor" as regras atuais, com fim do prazo de adesão ao programa em 29 deste mês.
Depois de muitas negociações na semana passada, com reuniões no Palácio do Planalto entre o presidente Michel Temer, líderes partidários da Câmara, representantes da equipe econômica e a participação a distância do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não houve acordo em relação à medida provisória que altera regras do programa de parcelamento das dívidas tributárias com a União (Refis). Meirelles informou que as negociações prosseguem nesta semana e que "permanecem em vigor" as regras atuais, com fim do prazo de adesão ao programa em 29 deste mês.
As negociações ficaram travadas com a oposição do Ministério da Fazenda à proposta de tratar da mesma forma e conceder os mesmos benefícios aos devedores da Receita Federal e da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional). Relator da Medida Provisória (MP) nº 783, que cria o novo Refis, o deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG) relatou o impasse entre a equipe econômica e o Congresso Nacional sobre a votação ou não da proposta. Ele admitiu que a situação está "cada vez mais delicada" e que a tendência mais forte é que o governo oriente a base aliada a deixar a matéria caducar e, assim, obrigar os contribuintes a aderirem ao programa pelas regras atuais. O prazo para a edição da MP termina em 11 de outubro.
"Estão se esgotando as opções, e o governo deverá medir os impactos de votar ou não o texto após toda expectativa criada no Congresso", afirmou o peemedebista, que esteve pelo no Palácio do Planalto para tratar do assunto. Seguindo ele, a equipe econômica quer deixar a proposta caducar, pois se diz satisfeita com a arrecadação do programa até agora.
Meirelles afirmou que a "arrecadação do Refis foi substancial", mas não detalhou os valores obtidos pelo governo. "O prazo está finalizando. Um número grande de companhias aderiu", comemorou o ministro, que foi evasivo em relação às negociações com os parlamentares. "O importante é que o assunto está sendo considerado. Os deputados fizeram uma proposta que está sendo discutida", afirmou.
A equipe econômica é contra o regime unificado por entender que as dívidas com a PGFN já foram questionadas na Justiça e tiveram decisão desfavorável às empresas - ou seja, o direito sobre esse valor já é do governo. Por isso, não há interesse em conceder benefícios para estimular seus pagamentos, como ocorre com os débitos com a Receita.
Os deputados querem estender as regras de refinanciamento às dívidas com a PGFN para conceder aos devedores as mesmas condições de pagamento, como descontos e a possibilidade de utilização de prejuízos fiscais para abater as dívidas. Os líderes da base aliada não abrem mão desse regime e argumentam que essa regra foi aplicada em outros programas de refinanciamento.
Apesar desse impasse, há acordo entre governo e Congresso sobre os pontos centrais do Refis. A equipe econômica aceitou conceder desconto de 70% sobre a multa e de 90% sobre juros para devedores que quitarem seus débitos à vista. As dívidas pagas em 145 meses terão desconto de 50% na multa e 80% sobre juros. O desconto para pagamentos feitos em 175 meses será menor, de 25% sobre a multa e de 50% sobre os juros.
 
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