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Política

- Publicada em 10 de Agosto de 2017 às 21:56

Decisão sobre Lula será isenta, diz Thompson Flores

Desembargador disse que condenação de petista foi 'tecnicamente irrepreensível'

Desembargador disse que condenação de petista foi 'tecnicamente irrepreensível'


FREDY VIEIRA/JC
Lívia Araújo
O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, minimizou, na quinta-feira, declaração sua que apontou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo juiz Sérgio Moro como tecnicamente "irrepreensível". Para ele, a afirmação "não tem nenhuma ingerência" sobre o trabalho da 8ª turma, que julgará o recurso do petista.
O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, minimizou, na quinta-feira, declaração sua que apontou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo juiz Sérgio Moro como tecnicamente "irrepreensível". Para ele, a afirmação "não tem nenhuma ingerência" sobre o trabalho da 8ª turma, que julgará o recurso do petista.
"Eu nem participo do julgamento. Quem vai julgar são eles, que vão decidir de forma isenta, imparcial e desapaixonada, como é e como deve ser o Poder Judiciário", disse. Segundo Thompson Flores, "é uma pena que se pegou uma frase e esqueceram de ler toda", falou, ainda sobre a entrevista concedida na semana passada ao jornal Estado de S. Paulo, na qual declarou que a decisão de Moro "fez exame minucioso e irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil".
O presidente do TRF-4 estimou, ainda, que uma decisão da 8ª turma sobre a apelação de Lula saia até agosto do ano que vem, portanto antes das eleições. "A média dos processos da Lava Jato, no caso das apelações, tem levado de oito a 10 meses para ser julgado", disse, pontuando que "o processo ainda não chegou ao tribunal".
As declarações de Thompson Flores foram dadas, em Porto Alegre, em evento mensal do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul (Iargs), onde falou sobre "o Poder Judiciário na conjuntura política nacional". Na palestra, o desembargador disse há um excesso de judicialização no processo eleitoral. "Me preocupam, por exemplo, decisões liminares mandando apreender edições de jornais, ou mandando retirar do ar um determinado programa. Há excesso de regulamentação, e o processo eleitoral precisa de uma certa fluidez."
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