O alvo é a Europa. Turista e população civil. Barcelona, segunda cidade da Espanha, capital da Catalunha, cujo traçado urbano ostenta extensas Ramblas (avenida arborizada), alojou um notável da arte, o arquiteto Antonio Gaudí (1852-1926), de obra singular, a inacabada Igreja Sagrada Família, em permanente construção, de estilo neogótico. Elenca o tombo da Unesco entre 1984 a 2005.
Nice, Estocolmo, Paris, Londres e Moscou, centros do Velho Continente, foram alvejadas na ação do terror. Outras serão escolhidas. O modo de agir é o atropelamento através do movimento de automóvel pesado em direção ao passeante. A procura do culpado e a caça do mentor do gesto povoam o imaginário popular, a política e a aliança ideológica ou, da crença.
O islamismo é indigitado o agente causador da tragédia moderna, quer dizer, é tido como suspeito da inesperada aparição da foice da morte na feira e no local de aglomeração do passeio humano da cidade. A premiação à carnificina não caberá a uma religião. Nem ao partido fundamental. Hoje, hordas de imigrantes oriundos do Mediterrâneo disputam áreas de controle. Legenda sem pátria, destituída do élan de cultura, compreendida como bárbara, supõe ganhar respeito através da força invisível do terror. O método é aprimorado desde Odoacro, o algoz da última destituição imperial romana. O conceito de humanidade e território será revisto.
A questão suplanta o medo. Conjuga temor e perda irreparável. Por ora, vida humana, que não tem preço. Acolá, no andamento da atitude da surpresa terror, poderá sucumbir a obra de arte, edificação e até a memória escrita.
Mas há tudo isso, afora o atropelamento, no costume civilizado. O descuido à conquista do saber e expressão elevada às sete artes, ao indivíduo no mundo, ao indefeso e carente desprotege a língua, a música, o espaço público do jardim e a fonte de água. Tudo é destruído na pressa de imposição da indústria do lucro e, por exigir, esmaga e desumaniza.
Advogado