Consumismo: paixão por comprar; tendência a comprar sem freio; excesso de consumo; sistema caracterizado por esse excesso. Isso é o que o dicionário diz sobre gastar em abundância. O termo é diretamente ligado ao desenvolvimento econômico ou social, ou seja, quanto mais empregos, mais renda e consumo. No entanto, o que muitos não estão considerando na hora da compra é o cenário adverso que o Brasil enfrenta se recuperando, a passos de formiga, de uma crise político-econômica onde o planejamento financeiro deveria ser compromisso. Trocar uma satisfação imediata por um equilíbrio financeiro no futuro é difícil, principalmente em um mundo influenciado pela mídia e publicidade, que incorporam a ideia de consumo na mente humana.
O resultado disso tudo é o endividamento crescente. Em 2016, por exemplo, quase metade da renda das famílias brasileiras esteve comprometida com dívidas, segundo o Banco Central (BC). Há algumas dicas que, se cumpridas, possibilitarão um controle de gastos e uma possível recuperação. É o planejamento financeiro pessoal, distante da rotina dos brasileiros, mas necessário.
Não é possível garantir uma solução para os problemas, mas ajudará na gestão das finanças. Primeiro é preciso fazer uma lista de prioridades e entender que consumo consciente é satisfazer as necessidades de forma adequada. Um erro muito comum é pensar no valor da prestação e não no valor total do produto, o que acaba comprometendo a renda mensal. Outra dica muito importante, mas ignorada, é analisar se o padrão de vida é compatível com sua renda, isso fará com que você corte alguns gastos supérfluos e encontre opções de lazer que não custem caro. E nunca esqueça: hoje você pode não se preocupar, mas certamente pagará esse custo amanhã.
Especialista em finanças pessoais