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Opinião

- Publicada em 03 de Agosto de 2017 às 14:21

Cavalo sem rabo, manco e cego

Os sucessivos empréstimos autorizados pelo Poder Legislativo desmoralizaram o outrora garboso cavalo gaúcho. O rabo foi sendo tosquiado e vendido, e ficamos sem condições de espantar as moscas; até as futuras crinas já foram comprometidas. Depois fomos vendendo o osso dos cascos, o que nos deixou mancos e sem condições de nos defender daqueles que nos montam e zombam das nossas fraquezas.
Os sucessivos empréstimos autorizados pelo Poder Legislativo desmoralizaram o outrora garboso cavalo gaúcho. O rabo foi sendo tosquiado e vendido, e ficamos sem condições de espantar as moscas; até as futuras crinas já foram comprometidas. Depois fomos vendendo o osso dos cascos, o que nos deixou mancos e sem condições de nos defender daqueles que nos montam e zombam das nossas fraquezas.
Os dois empréstimos mais festejados e tidos como a redenção do Rio Grande do Sul foram o contraído com o governo central em 1998 (recebemos R$ 10 bilhões e, até dez/2016, pagamos R$ 26 bilhões e ainda devíamos R$ 57 bilhões) e o com o Banco Mundial em 2008 e 2010 (recebemos R$ 1,8 bilhão e, até dez/2016, pagamos cerca de R$ 0,8 bilhão e ainda devíamos R$ 5,1 bilhões). Em ambos, assinamos contratos que permitiram a interferência direta dos credores nas políticas públicas do Estado, ou seja, entregamos as rédeas.
Agora, o Poder Executivo está negociando com a União a postergação do atual e a contratação de novos empréstimos, portanto estamos prestes a vender os olhos, recebendo em troca a designação de três técnicos que irão cabrestear o Rio Grande do Sul. Se a derrocada do nosso Estado estivesse contribuindo para um Brasil melhor, até que poderíamos pensar em relevar, mas não é o que está acontecendo, pois a atual centralização administrativa, política, tributária, financeira e econômica está provocando a decomposição social da nação brasileira. É chegada a hora de tomar o freio nos dentes e disparar, assumindo as consequências daí advindas. É preciso nos confrontar com as nossas próprias omissões, que vêm contribuindo há mais de duas décadas para a degradação da nossa sociedade. Os Poderes Executivo e Legislativo não podem continuar com estas desestruturantes decisões.
Auditor-fiscal do RS aposentado
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