Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 27 de Agosto de 2017 às 09:30

'Como nossos pais' leva seis kikitos no Festival de Cinema de Gramado

Vencedores comemoram as conquistas na cena final do 45º Festival de Cinema de Gramado

Vencedores comemoram as conquistas na cena final do 45º Festival de Cinema de Gramado


CLEITON THIELE/PRESSPHOTO/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Nem sempre é fácil conferir na tela grande em sala escura as decisões dos jurados do Festival de Cinema de Gramado. Mas até neste ponto a 45ª edição é especial. Com seis Kikitos na bagagem, o emocionante, urgente e importante longa-metragem brasileiro Como nossos pais já estreia no circuito comercial do País na próxima quinta-feira (31).
Nem sempre é fácil conferir na tela grande em sala escura as decisões dos jurados do Festival de Cinema de Gramado. Mas até neste ponto a 45ª edição é especial. Com seis Kikitos na bagagem, o emocionante, urgente e importante longa-metragem brasileiro Como nossos pais já estreia no circuito comercial do País na próxima quinta-feira (31).
A cerimônia de premiação começou tarde da noite deste sábado (26) e se encerrou oficialmente na madrugada deste domingo (27), com a premiação dos melhores filmes e profissionais em dezenas de categorias de curtas e longas, brasileiros e estrangeiros. Além de ser considerado melhor filme, Como nossos pais foi destacado na categoria de direção, para Laís Bodanzky; atriz para Maria Ribeiro; ator para Paulo Vilhena; atriz coadjuvante para Clarisse Abujamra e montagem para Rodrigo Menecucci.
A produção As duas Irenes também recebeu o seu merecido destaque, levando o prêmio de melhor filme do Júri da Crítica, melhor roteiro para o também diretor do título, Fabio Meira, e melhor ator coadjuvante para Marco Ricca.
Fato curioso: fala-se muito no discurso de realizadores e críticos do meio que há que se investir em coproduções com os países vizinhos. No entanto, os dois títulos da mostra nacional que eram produções Brasil-Argentina passaram em branco na avaliação dos jurados. Pela janela (premiado pela crítica internacional em Roterdã), sensível longa autoral de Caroline Leone e com membros hermanos na equipe, e Vergel, de Kris Niklison, realizadora e atriz argentina que se envolveu em todas as fases do filme, não tiveram nenhuma menção na premiação.
Na mostra estrangeira, a supremacia da cinematografia argentina fixou suas marcas. Sinfonía para Ana, de Virna Molina e Ernesto Ardito, já havia recebido um talvez questionável Kikito de fotografia (Fernando Molina) e surpreendeu (negativamente), ao final da premiação, recebendo melhor filme entre os títulos latinos. A produção tinha sido muito questionada pela crítica no festival devido à sua construção narrativa, embora tivesse o sempre relevante tema da ditadura local a ser refletido.
Federico Godfrid foi eleito o melhor diretor por Pinamar, película que levou ainda prêmios de melhores atores para Juan Grandinetti e Agustín Pardella, além de melhor filme pelo Júri da Crítica. Este longa foi exibido na última noite da mostra competitiva, como que uma salvação da seleção deste ano. Antes dele, na noite de quinta-feira, o peruano La ultima tarde (troféus de roteiro e atriz) havia sido o único elogiado, causando burburinhos e discussões curiosas.
O Júri Popular preferiu Mirando al cielo, de Guzmán García, um documentário (o que chamaram em Gramado de "o Jogo de Cena uruguaio, uma vez que o diretor se disse discípulo de Eduardo Coutinho), que normalmente não é tido como um gênero de fácil predileção por parte dos espectadores comuns.
Entre os curtas-metragens, a premiação levantou duas tônicas por temática: a questão de gênero e racial, com láureas para A Gis (melhor filme pelo júri oficial e popular, além de montagem), Tailor (melhor diretor e Prêmio Canadá 150 de Jovens Cineastas), O quebra cabeça de Sara (melhor filme para o Júri da Crítica e do Prêmio Canal Brasil de Curtas). Já o Prêmio Especial do Júri foi para Cabelo Bom, de Swahili Vidal e Claudia Alves. A representatividade negra também foi levantada no discurso emocionado de Nando Cunha, que levou o Kikito de melhor ator por Telentrega, produção gaúcha que também teve destaque em fotografia.

Confira os vencedores do 45º Festival de Cinema de Gramado

LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS
  • Melhor Filme: “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky
  • Melhor Direção: Laís Bodanzky, por “Como Nossos Pais”
  • Melhor Atriz: Maria Ribeiro, por “Como Nossos Pais”
  • Melhor Ator: Paulo Vilhena, por “Como Nossos Pais”
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Clarisse Abujamra, por “Como Nossos Pais”
  • Melhor Ator Coadjuvante: Marco Ricca, por “As Duas Irenes”
  • Melhor Roteiro: Fábio Meira, por “As Duas Irenes”
  • Melhor Fotografia: Fabrício Tadeu, por “O Matador”
  • Melhor Montagem: Rodrigo Menecucci, por “Como Nossos Pais”
  • Melhor Trilha Musical: Ed Côrtes, por “O Matador”
  • Melhor Direção de Arte: Fernanda Carlucci, por “As Duas Irenes”
  • Melhor Desenho de Som: Augusto Stern e Fernando Efron, por “Bio”
  • Melhor Filme - Júri Popular: “Bio”, de Carlos Gerbase
  • Melhor Filme - Júri da Crítica: “As Duas Irenes”, de Fabio Meira
  • Prêmio Especial do Júri: Carlos Gerbase, pela direção dos 39 atores e atrizes em “Bio”
  • Prêmio Especial do Júri – Troféu Cidade de Gramado: Paulo Betti e Eliane Giardini, pela contribuição à arte dramática no teatro, televisão e cinema brasileiros
LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS
  • Melhor Filme: “Sinfonia Para Ana”, de Virna Molina e Ernesto Ardito
  • Melhor Direção: Federico Godfrid, por “Pinamar”
  • Melhor Atriz: Katerina D’Onofrio, por “La Ultima Tarde”
  • Melhor Ator: Juan Grandinetti e Agustín Pardella, por “Pinamar”
  • Melhor Roteiro: Joel Calero, por “La Ultima Tarde”
  • Melhor Fotografia: Fernando Molina, por “Sinfonia Para Ana”
  • Melhor Filme - Júri Popular: “Mirando al Cielo”, de Guzman García
  • Melhor Filme - Júri da Crítica: “Pinamar”, de Federico Godfrid
  • Prêmio Especial do Júri: “Los Niños”, de Maite Alberdi
CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS
  • Melhor Filme: “A Gis”, de Thiago Carvalhaes
  • Melhor Direção: Calí dos Anjos, por “Tailor”
  • Melhor Atriz: Sofia Brandão, por “O Espírito do Bosque”
  • Melhor Ator: Nando Cunha, por “Telentrega”
  • Melhor Roteiro: Carolina Markowicz, por “Postergados”
  • Melhor Fotografia: Pedro Rocha, por “Telentrega”
  • Melhor Montagem: Beatriz Pomar, por “A Gis”
  • Melhor Trilha Musical: Dênio de Paula, por “O Violeiro Fantasma”
  • Melhor Direção de Arte: Wesley Rodrigues, por “O Violeiro Fantasma”
  • Melhor Desenho de Som: Fernando Henna e Daniel Turini, por “Caminho dos Gigantes”
  • Melhor Filme - Júri Popular: “A Gis”, de Thiago Carvalhaes
  • Melhor Filme - Júri da Crítica: “O Quebra-Cabeça de Sara”, de Allan Ribeiro
  • Prêmio Canadá 150 de Jovens Cineastas: Calí dos Anjos (“Tailor”)
  • Prêmio Canal Brasil de Curtas: “O Quebra-Cabeça de Sara”, de Allan Ribeiro
  • Prêmio Especial do Júri: “Cabelo Bom”, de Swahili Vidal e Claudia Alves
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO