Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 25 de Agosto de 2017 às 15:42

Diretor Carlos Gerbase comenta falso documentário Bio

Equipe de Bio lotou o palco do Festival de Cinema de Gramado em sessão na noite desta quinta-feira

Equipe de Bio lotou o palco do Festival de Cinema de Gramado em sessão na noite desta quinta-feira


Cleiton Thiele/Pressphoto/Divulgação/JC
Caroline da Silva
Se o longa Bio, de Carlos Gerbase, lotou a sessão na noite desta quinta-feira (24) no Palácio dos Festivais e ocupou todo o palco no momento da apresentação do filme pela equipe (por ter 39 atores e mais cerca de 20 profissionais de cinema), fenômeno semelhante ocorreu no início da tarde de hoje, no debate com imprensa e público no Hotel Serra Azul.
Se o longa Bio, de Carlos Gerbase, lotou a sessão na noite desta quinta-feira (24) no Palácio dos Festivais e ocupou todo o palco no momento da apresentação do filme pela equipe (por ter 39 atores e mais cerca de 20 profissionais de cinema), fenômeno semelhante ocorreu no início da tarde de hoje, no debate com imprensa e público no Hotel Serra Azul.
Concorrente na mostra de longas brasileiros do 45° Festival de Cinema de Gramado, o título é um falso documentário que recria época, desde o fim dos anos 1950, projetando o futuro, até 2070. O "documentado", personagem do qual os atores falam, nunca aparece e nem seu nome é citado. Gerbase explica que desenvolveu o filme em capítulos, como se fossem 13 curtas independentes, histórias menores com início, meio e fim, formando uma narrativa maior, única, que é o filme condutor do longa.
"Sou ficcionista, mas adoro documentário. Dou aula de documentário, apesar de fazê-lo eventualmente. Eduardo Coutinho sempre será um mestre. Sem dúvida, ele é uma referência para Bio, assim como João Jardim", afirma o diretor.
Gerbase contou que a questão do documentário é delicada, quando os depoimentos são saudosistas do passado ou deixam as emoções dos momentos em um tempo pretérito. "Então, criei regras para as interpretações: essas personagens são entrevistadas logo após os acontecimentos. O tempo não absolve os sentimentos neste filme." E ele completa, brincando: "Neste documentário, só tem entrevista boa, claro, eu escrevi todas as respostas".
O cineasta é um roteirista exemplar, quando jovem, queria ser escritor, por isso foi cursar Jornalismo. Fazendo o papel da biógrafia do pesquisador misterioso ao público, a atriz Tainá Müller - que foi aluna de cinema de Gerbase, monitora de montagem dos curtas da faculdade na Famecos (Pucrs) e sua terceira assistente de direção do episódio do diretor para a série Brava Gente da Globo - disse: "Ele é um cara da palavra, o roteiro tem uma pegada filosófica. Achei doido e achei uma delícia entrar nisso".
Questionado sobre o risco de realizar uma produção como esta, o cineasta gaúcho respondeu: "Gosto de filme que me faça pensar, que enfrente a minha cabeça. Gosto muito de narrativa!".
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO