O abate de cerca de 300 cervos exóticos infectados por tuberculose no Pampas Safari foi suspenso pela Justiça do Estado após uma ação impetrada pela deputada Regina Becker Fortunati (Rede). Os abates, previstos para ocorrer na manhã desta sexta-feira (25),
tinha o objetivo de evitar uma epidemia entre os animais e até mesmo entre humanos, visto que a bactéria é a mesma. O juiz João Ricardo dos Santos Costa, da 16ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre, proibiu, na noite de quinta-feira, que a ação fosse realizada sem que seja comprovado que os animais estão com a infecção.
A Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio Grande do Sul autorizou a eutanásia. O sacrifício dos animais vem ocorrendo semanalmente. Hoje seria o último 'lote' de animais abatidos. Na ação da deputada, ela afirma que o Ibama não estaria selecionando corretamente os animais para o abate, já que alguns animais sadios estariam sendo sacrificados junto com os doentes.
Para evitar a procriação no local, o magistrado determinou, através de liminar, que os animais fossem separados por sexo. A medida também exige o isolamento dos animais infectados. O não cumprimento das medidas pelo parque irá gerar uma multa diária de R$ 50 mil reais.
Em 2012, o Pampas Safari chegou a ser interditado por meses quando houve o contágio de diversos animais pela mesma doença. De acordo com a superintendente estadual do Ibama, Claudia Pereira da Costa, o fato dos animais ficarem soltos no local facilita a contaminação da infecção. "O proprietário não tomou as precauções devidas para evitar essa situação", diz.