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SOCIAL

- Publicada em 13 de Agosto de 2017 às 21:56

Indústria da solidariedade

Buneder diz que Bancos Sociais funcionam como um 'imã', atraindo outras entidades

Buneder diz que Bancos Sociais funcionam como um 'imã', atraindo outras entidades


DUDU LEAL/FIERGS/DIVULGAÇÃO/JC
A ideia dos Bancos Sociais - que completarão 15 anos em 2018 - transformou-se em uma filosofia que cresce a cada ano com o envolvimento dos empresários como parceiros. "Nos inserimos na comunidade como um agente incentivador para a reciclagem de produtos", afirma o presidente do Conselho de Administração do Banco de Alimentos, Jorge Luiz Buneder. Ele diz que os Bancos Sociais funcionam como um "imã" atraindo outras entidades e considera que a experiência de gestão para viabilizar projetos sociais é um dos fatores que tornam a iniciativa bem-sucedida. Na opinião de Buneder, o grande desafio na área social é aumentar o número de doações. "A fila de entidades é enorme e quando iniciamos uma doação, não podemos interromper", acrescenta.
A ideia dos Bancos Sociais - que completarão 15 anos em 2018 - transformou-se em uma filosofia que cresce a cada ano com o envolvimento dos empresários como parceiros. "Nos inserimos na comunidade como um agente incentivador para a reciclagem de produtos", afirma o presidente do Conselho de Administração do Banco de Alimentos, Jorge Luiz Buneder. Ele diz que os Bancos Sociais funcionam como um "imã" atraindo outras entidades e considera que a experiência de gestão para viabilizar projetos sociais é um dos fatores que tornam a iniciativa bem-sucedida. Na opinião de Buneder, o grande desafio na área social é aumentar o número de doações. "A fila de entidades é enorme e quando iniciamos uma doação, não podemos interromper", acrescenta.
No ano passado, os Bancos Sociais da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) atenderam 308 instituições do terceiro setor. São escolas de educação infantil, asilos, associações de bairros, lares de excepcionais, entre outras. O único pré-requisito é que as instituições beneficiadas tenham função social e idoneidade comprovada. A fundação mantém e administra 14 Bancos Sociais. Para promover a capacitação e a inclusão social e produtiva são oferecidos cursos e oficinas especiais. Como resultado, no ano passado, 517 alunos foram formados.
Entre os Bancos Sociais, um dos mais conhecidos é o Banco de Alimentos. A sua missão é coletar os alimentos doados, armazenar e realizar a distribuição qualificada às instituições. Essa logística envolve o trabalho cuidadoso de nutricionistas que analisam e determinam quais os tipos de alimentos necessários para cada instituição. As entidades beneficiadas ainda recebem treinamento sobre segurança alimentar e higiene, bem como o aproveitamento adequado dos alimentos. Um dos projetos, "Nutrindo o Amanhã", tem como foco crianças e adolescentes matriculadas em instituições atendidas pelo banco. Uma equipe de nutrição faz o acompanhamento semanal para acompanhar o desenvolvimento desses grupos.
O Banco de Alimentos deu origem à Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul, que tem 22 Bancos interligados e que seguem a mesma sistemática do Banco da Fiergs. Em 2016, o Banco recebeu a doação de 1,78 milhão de quilos de alimentos e, com isso, conseguiu atender 41 mil pessoas mensalmente. O Banco de Alimentos tornou-se parceiro da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e tem apoiado campanhas de abrangência mundial como o Ano Internacional das Leguminosas. Para tanto, realizou oficinas de germinação de feijão em escolas infantis e realizou palestras sobre alimentação saudável.
Além de comida, é preciso arrumar a casa. Com os rejeitos da construção civil, entulhos de demolições e pontas de estoque o Banco de Materiais de Construção constrói uma base sólida para esse atendimento. São telhas, portas, tintas e azulejos que, além de terem um destino adequado, são reaproveitados em pequenas reformas por parte das instituições. Mais de mil itens foram doados em 2016 para 46 entidades. Houve, também, a realização de cursos de capacitação para pedreiros.

Bancos de pele, vestuário e livros também beneficiam as comunidades

Fundação administra 14 Bancos Sociais, que promovem capacitação e inclusão em diferentes áreas produtivas

Fundação administra 14 Bancos Sociais, que promovem capacitação e inclusão em diferentes áreas produtivas


DUDU LEAL/DUDU LEAL/DIVULGAÇÃO/JC
Além do Banco de Alimentos, o de Tecido Humano-Pele tornou-se referência na medicina. Localizado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, o banco está à disposição dos centros de tratamento de queimados de todo o País. No ano passado, foram 44 doadores de tecido humano e 35,2 mil cm2 disponibilizados para transplante.
Já o Banco de Vestuários foi criado para identificar e recolher excedentes da indústria têxtil. Esse material arrecadado é doado a clubes de mães, grupos de terceira idade, centros comunitários, entre outras entidades que fazem serviços de artesanato e de corte e costura. Essa ação resultou, em 2016, na arrecadação de mais de 27 mil quilos de tecidos que beneficiaram 210 entidades e grupos.
Também o Banco de Livros está fazendo história. Criado em 2008, comemorou em novembro do ano passado a marca de 1 milhão de livros doados. O banco busca doações junto à sociedade para poder oferecer às comunidades o acesso à leitura. Apenas no ano passado, foram doados mais de 380 mil livros para escolas, asilos, presídios e associações de moradores. Entre as iniciativas também está a instalação de espaços de leitura em presídios, sendo 97 já implantados no Estado.
Periodicamente, os frequentadores de praças e parques de Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana são ainda surpreendidos com as "Gelatecas", geladeiras customizadas que viram estante de livros para alegria de quem quer ler e não pode comprar. O incentivo à leitura também é feito com a colocação de livros doados em táxis e dentro dos postos de saúde.