O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, disse, nesta quinta-feira, que o ideal seria a aprovação da reforma da Previdência conforme o texto que saiu da comissão especial, do relator Arthur Maia (PPS-BA). No caso de novas negociações, o governo não abre mão da idade mínima para a aposentadoria e da regra de transição, dois dos pilares da reforma, declarou.
Mansueto afirmou que o ajuste fiscal não foi adiado para o próximo governo e vai prosseguir. Ele ressalta que a despesa primária do governo federal em relação ao PIB deve ser menor em 2018, de 19,2%. No ano passado, ficou em 20%. "Em dois anos há uma queda de quase um ponto do PIB."
Já a receita em relação ao PIB vai cair neste ano e no próximo, disse o secretário, destacando que o problema fiscal não é o aumento da despesa, mas a queda da receita. A redução "grande e rápida" da inflação retirou R$ 23 bilhões da receita do governo neste ano.
Para Mansueto, é cada vez mais importante que a agenda de reformas estruturais avance. No caso da Previdência, líderes políticos e seus partidos conversam até a próxima semana para ver, dentro do texto aprovado na comissão especial, onde há consenso e onde não há. A questão para o prazo de aprovação da reforma da Previdência vai depender do tempo que vai levar para costurar o consenso político. "Uma vez que se fizer este acordo, imediatamente pode se organizar a votação no plenário da Câmara", disse ele.