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Investigação

- Publicada em 15 de Agosto de 2017 às 22:16

Portaria da Previc põe Eletroceee sob comando de um interventor

Presidente afastado, Gerson Carrion trata o caso como disputa política

Presidente afastado, Gerson Carrion trata o caso como disputa política


Marco Quintana/MARCO QUINTANA/JC
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) publicou ontem duas portarias determinando intervenção na Fundação CEEE de Seguridade (Eletroceee) por 180 dias, alegando o descumprimento de normas estatutárias por parte da entidade. Roger Odillo Klafke foi nomeado pela Previc como interventor para o período. O presidente afastado da Fundação, Gerson Carrion (PDT), trata o caso como disputa política e disse que vai recorrer da decisão.
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) publicou ontem duas portarias determinando intervenção na Fundação CEEE de Seguridade (Eletroceee) por 180 dias, alegando o descumprimento de normas estatutárias por parte da entidade. Roger Odillo Klafke foi nomeado pela Previc como interventor para o período. O presidente afastado da Fundação, Gerson Carrion (PDT), trata o caso como disputa política e disse que vai recorrer da decisão.
A decisão da Previc atende a um pedido do governo do Estado. O secretário estadual de Minas e Energias, Arthur Lemos (PSDB), confirmou ter ido ao órgão regulador questionando uma decisão da atual gestão na troca de um conselheiro no conselho deliberativo da Eletroceee em 2015, o que ele classificou de "manobra".
Um membro anterior do conselho deliberativo deixou a função antes do fim do mandato, e a vaga foi preenchida via eleição por Marco Adiles. O governo do Estado contestou, alegando que a indicação do nome a ocupar o cargo é prerrogativa do patrocinador majoritário. A questão foi judicializada e tramita na 3ª Vara da Justiça Federal do RS, que em primeira instância decidiu pela manutenção de Adiles no cargo. Mesmo assim, a Previc procedeu a intervenção.
Com a medida, os quatro diretores da fundação e 20 membros dos conselhos deliberativo e fiscal, entre titulares e suplentes, foram destituídos das funções. Para Carrion, a medida está ligada ao processo de privatização da companhia. "Fazer intervenção em entidade que está dando resultado, em período pré-eleitoral, que interesses há nesse movimento?", questiona.
Lemos refuta essa afirmação e alega que "passaram a usar a Fundação CEEE para combater qualquer ação do governo do Estado com a sua companhia, que é a CEEE". A Eletroceee é um fundo multipatrocinado que administra a previdência complementar de funcionários ativos, aposentados e pensionistas da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e outras empresas do setor de energia. O fundo tem R$ 5,8 bilhões de patrimônio e mais de 15 mil participantes.
 

Operação da PF faz confisco de dinheiro e bens

A Polícia Federal (PF) informou nesta terça-feira que o balanço da Operação Hammer-on, deflagrada nesta terça-feira em parceria com a Receita Federal, apreendeu 12 veículos de luxo e cerca de R$ 900 mil em dinheiro vivo, em reais e em moedas estrangeiras.
Dos 153 mandados judiciais, não foram cumpridos apenas nove conduções coercitivas e três de buscas e apreensão. Durante a operação, foram realizadas três prisões em flagrante - duas por posse de arma de fogo e uma por manutenção de material pornográfico infantil. A PF apontou que as empresas controladas pela organização criminosa investigada movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões de origem ilícita no período de 2012 a 2016.
Cerca de 300 policiais federais e 45 servidores da Receita foram mobilizados para a Operação Hammer-on, deflagrada por autorização da 13ª Vara Federal de Curitiba, especializada em processos sobre lavagem de dinheiro. Os agentes vasculharam endereços em cidades do Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina.
As investigações, iniciadas em 2015, tiveram como foco um grupo criminoso composto de cinco núcleos que utilizavam contas bancárias de várias empresas, em geral fantasmas, para receber vultosos valores de pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do exterior, especialmente do Paraguai.
O dinheiro "sujo" era creditado nas contas das empresas controladas pela organização criminosa e, em seguida, enviado para o exterior. A operação, batizada de Hammer-on, é um desdobramento das operações Sustenido e Bemol, deflagradas pela Polícia Federal e pela Receita Federal de Foz do Iguaçu/PR, respectivamente, em 2014 e 2015.
O Hammer-on é uma técnica usada em instrumentos de corda para ligar duas notas musicais com uma mesma mão.