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- Publicada em 24 de Agosto de 2017 às 01:05

Vocação: crises e desafios

Durante o mês de agosto, a Igreja convida seus filhos e filhas a meditar e rezar o tema das vocações. Assim, a cada domingo, a comunidade é chamada a refletir sobre uma vocação específica: à vida familiar, presbiteral, à vida consagrada e laical.
Durante o mês de agosto, a Igreja convida seus filhos e filhas a meditar e rezar o tema das vocações. Assim, a cada domingo, a comunidade é chamada a refletir sobre uma vocação específica: à vida familiar, presbiteral, à vida consagrada e laical.
Os batizados são convidados a abraçar um caminho de vida. Esse caminho é um fato pessoal, marcado por experiências próprias e variadas. Vocação é diferente de profissão. Da profissão a pessoa se aposenta. Já a vocação é algo que acompanha a pessoa por toda a sua vida.
A vocação forja identidade. Por isso, pode-se perguntar: qual a identidade do presbítero, da família, do consagrado, do leigo? Trata-se de uma questão que requer reflexão constante. Vivemos como se já tivéssemos evidência a respeito do que significa ser presbítero, pai ou mãe, consagrado, leigo. Fazemos isso e aquilo seguindo impressões vagas e com isso nos conformamos.
Quando somos questionados a respeito de nossa identidade, começamos a nos dar conta de que nossa compreensão a respeito da mesma não seja, talvez, clara. E com isso se começa a dar asas a opiniões da publicidade, que não estão interessadas em exprimir com clareza o que significa assumir um caminho de vida, em vista de uma identidade.
Com o tempo, as vicissitudes do cotidiano vão quebrando as pseudoimagens que fomos alimentando ao longo da vida. Assim, vamos nos dando conta que não temos, talvez, suficiente clareza a respeito do que significa verdadeiramente construir uma identidade. Não é raro encontrar leigos, consagrados, pessoas que vivem a vida matrimonial, presbíteros que entram ou entraram em crise, pois não possuem ou não possuíam clareza a respeito da própria identidade.
Tal situação pode ser oportunidade privilegiada para parar, colar o ouvido na "terra dos homens" a fim de sondar indicações que possam auxiliar a melhor compreender o que implica acolher e assumir um caminho de vida. Trata-se de empenho pessoal para melhor compreender o que significa verdadeiramente uma vida humana bem vivida.
Toca-se assim uma dimensão da existência em que não se encontram respostas prontas. Isso nos provoca a sondar o que significa identidade humana. No entanto, tal situação causa desconforto. Não é raro encontrar quem prefira seguir o senso comum, sem se importar com a construção de uma identidade.
A vida é marcada por crises. Podemos dizer que para construir a primeira metade da vida gastamos dedicação, amor, suor, energias. A outra metade é marcada pela necessidade de limpar, isto é, desfazer-se do que não é essencial para permanecer com o que verdadeiramente conta. Assim, as crises que marcam a vida humana e as vocações são oportunidades para maturação, para ficar com o essencial.
O que estou fazendo para que o meu ser leigo, consagrado, ministro ordenado, pai ou mãe de família tenha mais sentido? O que significa ser esposo ou esposa, um ministro ordenado, um consagrado, um leigo mais simples? Urge, ao longo do tempo, abrir-se a uma possível compreensão mais generosa do que é verdadeiramente importante e essencial para um caminho de vida bem vivido.
Ao longo da vida, experimentamos crises e desafios. Temos a impressão de que quanto mais buscamos a verdade, mais contradições enfrentamos. Podemos considerar tudo isso como uma grande chance para o exercício das virtudes, um caminho para nos purificarmos, chegarmos à bondade, melhor compreender nossa vocação e construir uma autêntica identidade humana.
 
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