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Empresas & Negócios

- Publicada em 08 de Agosto de 2017 às 15:33

Home&Tech quer ganhar o Brasil

Roberto Hunoff
Fundada em 2010, a Home&Tech prepara-se para ganhar o Brasil com o lançamento do primeiro sistema de franquias no ramo de tecnologia de áudio, vídeo e automação de ambientes. A decisão está pautada em estudo da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial, que aponta 1,8 milhão de residências brasileiras com potencial para automação, mas somente 17%, pouco mais de 300 mil, são automatizadas.
Fundada em 2010, a Home&Tech prepara-se para ganhar o Brasil com o lançamento do primeiro sistema de franquias no ramo de tecnologia de áudio, vídeo e automação de ambientes. A decisão está pautada em estudo da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial, que aponta 1,8 milhão de residências brasileiras com potencial para automação, mas somente 17%, pouco mais de 300 mil, são automatizadas.
De acordo com Paulo Alves, diretor comercial da marca caxiense, a automação residencial sempre se caracterizou por ser um produto exclusivo para classes de elevado poder aquisitivo, perfil AAA. Atualmente, o mercado se abriu para públicos de menor renda, que querem facilidades, mais conforto e segurança na rotina diária de seus lares. São projetos menores, mas com grande potencial de crescimento.
Assim é que a empresa, mesmo diante do cenário de incertezas políticas e econômicas, tem estratégias para crescer cerca de 20% a 25% nos próximos dois anos, sem considerar a efetivação do sistema de franquias, que terá início em 2018. A Home&Tech atende uma média de oito a 10 projetos por mês, limite da sua capacidade atual. Para manter a qualidade, não terceiriza o atendimento, razão que também pesou na decisão de investir em franquias.
Empresas & Negócios - Que razões levaram à criação da Home&Tech?
Paulo Alves - Surgiu pela grande demanda deste produto de luxo, desta tecnologia residencial, e por ser um mercado pouco explorado na Serra. Conheci o produto visitando feiras em São Paulo representando outra empresa. Percebi a grande demanda local, o poder aquisitivo e o desejo dos clientes em ter este produto em casa, em investir em conforto, segurança e tranquilidade. Começamos em Caxias do Sul, depois de dois anos estendemos a atuação para a região da Serra e, mais recentemente, abrimos clientes em Porto Alegre e no Litoral. Estamos expandindo sempre a partir do atendimento da operação localizada em Caxias.
Empresas & Negócios - A empresa é uma prestadora de serviços e fabricante de produtos?
Alves - É uma organização comercial de produtos tecnológicos de alto padrão. Mas é, principalmente, uma prestadora de serviços, porque fornecemos a estrutura e a instalação dos equipamentos de automação, áudio e vídeo, além do desenvolvimento do projeto e do software para a automação. Tudo é feito a partir do projeto elaborado por arquiteto ou designer de interiores. Os produtos são adquiridos de empresas especializadas de todo o Brasil. Cada projeto é bem específico, com a personalização dos ambientes de acordo com as demandas do cliente.
Empresas & Negócios - O que determinou o projeto de franquias?
Alves - Surgiu a partir de estudos de entidades apontando para uma grande demanda pela automação residencial no Brasil. No início, o mercado era basicamente consumidor de luxo, classe superior. Hoje, se têm demandas de projetos e produtos para classes A e B. As perspectivas de crescimento são de 20% a 30% ao ano, pois há sinais de investimentos em muitos empreendimentos de alto padrão. Automação é hoje uma necessidade quase básica. O cliente, quando está com a casa na planta, já pensa na praticidade e vantagem de ter o controle de tudo nas mãos, da iluminação à segurança do imóvel. Isto motiva o investimento na automação. Para que a marca tenha maior participação neste mercado, se entendeu que o melhor era buscar parcerias comerciais para espalhar o nosso modo de atuar em outras regiões. O atendimento é o grande diferencial, que deu muito certo na Serra, e queremos introduzir esta forma de trabalhar pelo modelo de franquia.
Empresas & Negócios - O projeto já está pronto, com metas definidas?
Alves - Está pronto, o mercado já sabe da sua existência, mas ainda não vendemos nada. Tínhamos a ideia de lançar oficialmente no ano passado, mas, diante da crise, postergamos. A intenção é fazer o lançamento oficial no final de 2017. Não existe outra marca com este perfil em franquias no segmento de automação residencial, e queremos aproveitar a retomada que se avizinha no mercado. O projeto de franquia terá dois formatos: compacto e máster. Estamos avaliando o potencial, a população e a concorrência em cada cidade para definir onde vamos atuar inicialmente e com que modelo de negócio. Mas a ideia é atender nacionalmente.
Empresas & Negócios - Atendendo clientes de alto poder aquisitivo, a empresa sentiu algum impacto da crise?
Alves - Este é um momento de baixa, tanto que adiamos o lançamento do projeto de franquias. Aproveitamos para reformular e fazer adequações na empresa. O cliente pessoa física não sentiu muito a crise, mas a empresa dele, sim. Por isso, sentimos uma queda nos negócios. Mas o quadro já está se revertendo. O novo público que está surgindo compra o mesmo produto da classe de maior poder aquisitivo, mas em menor número, varia em função da residência e dos itens disponíveis.
Empresas & Negócios - A automação se aplica somente a casas novas?
Alves - Não, é possível desenvolver projetos para imóveis já prontos. A Home&Tech tem projetos híbridos, que podem ser desenvolvidos para casas em construção ou para aquelas já prontas, sem precisar mexer na estrutura ou em paredes. Seu funcionamento é por meio de wireless, que unifica todos os módulos em um só projeto comandado por uma central. Neste desenvolvimento se especificam todos os itens, como persianas, ar-condicionado, áudio, vídeo, segurança, e até mesmo via acesso remoto.
Empresas & Negócios - Qual a participação da Home&Tech no mercado de automação residencial?
Alves - Nos municípios da Serra, temos participação de 55%; em Porto Alegre, é bem menor, porque a cidade tem várias marcas e não temos loja física. Nos três primeiros anos, a Home&Tech cresceu de 15% a 25% anuais. Nos últimos dois anos, estabilizamos os negócios e, para este, esperamos leve crescimento. Projetamos voltar aos índices de alta nos próximos dois anos somente com a loja física. Com as franquias, será outra realidade, não temos ainda totalmente dimensionada esta expansão.
Empresas & Negócios - Com o sistema de franquia, o que vai mudar na estrutura atual?
Alves - Inicialmente, pretendemos manter a loa física de hoje como matriz. Mais à frente, atingindo as metas com as franquias, vamos transformar a loja física em franquia e investir em sede maior. Nosso quadro atual de sete funcionários vai crescer, e criaremos departamentos na empresa para dar o suporte necessário aos parceiros.
Empresas & Negócios - Falamos somente em automação residencial. E o mercado corporativo como tem reagido?
Alves - O mercado corporativo deu uma queda forte em razão da crise. No passado, já fizemos muitos projetos interessantes, como salas de reuniões e auditórios.
Empresas & Negócios - Qual a procedência dos produtos usados para automação?
Alves - Trabalhamos com os fornecedores das principais marcas, e estes têm preocupação com inovação tecnológica, oferecendo linhas novas a partir de tendências mundiais. Atualmente, o que é oferecido ao cliente brasileiro em termos de tecnologia é muito avançado, estamos bem à frente, projetando para demandas que virão no futuro, mas já empregadas em países desenvolvidos. A maioria dos produtos, em torno de 80%, é de marcas japonesas e norte-americanas.
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