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OPERAÇÃO LAVA JATO

- Publicada em 06 de Julho de 2017 às 19:03

Polícia Federal encerra grupo da força-tarefa em Curitiba

Lima critica Temer por não liberar verbas

Lima critica Temer por não liberar verbas


HEULER ANDREY/HEULER ANDREY/AFP/JC
A Polícia Federal (PF) encerrou, nesta semana, a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba - ou seja, o grupo de delegados e agentes dedicados exclusivamente à operação. Em nota, a instituição informou que os policiais passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor), dentro da própria superintendência da PF. Eram quatro delegados e mais um grupo de agentes, dedicados exclusivamente à Lava Jato em Curitiba.
A Polícia Federal (PF) encerrou, nesta semana, a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba - ou seja, o grupo de delegados e agentes dedicados exclusivamente à operação. Em nota, a instituição informou que os policiais passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor), dentro da própria superintendência da PF. Eram quatro delegados e mais um grupo de agentes, dedicados exclusivamente à Lava Jato em Curitiba.
A medida, segundo a PF, "prioriza ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário", e aumenta o efetivo dedicado ao combate à corrupção e lavagem de dinheiro.
Cada um dos delegados da Lava Jato possuía cerca de 20 inquéritos, segundo a PF - um número bastante elevado em comparação com o auge da força-tarefa, que chegou a reunir 11 delegados.
Com a mudança, informa a nota, a carga de trabalho será reduzida e distribuída entre outros policiais da Delecor, que reúne 70 pessoas. "Nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida", informou a PF.
Para a instituição, o número de policiais na sede do Paraná "está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade".
Integrantes da Lava Jato na PF afirmaram que a mudança foi "administrativa", a fim de compensar a redução no efetivo de policiais cedidos à força-tarefa. O problema vem ocorrendo há alguns meses, especialmente por questões orçamentárias e pela demanda maior em outros estados, como Rio de Janeiro e Brasília.
A expectativa agora é que as investigações sejam, de fato, otimizadas, com o apoio do restante da equipe da Delecor.
"A força-tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato deixou de existir. Não há verbas para trazer delegados. Mas, para salvar o seu mandato, Temer libera verbas à vontade", afirmou, nas redes sociais, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, ao comentar a notícia da liberação de emendas parlamentares pelo governo federal.
A força-tarefa já havia sofrido um corte significativo: em maio, o número de delegados dedicados à Lava Jato na PF de Curitiba caiu de nove para quatro. O argumento, na época, foi a queda da demanda da operação, e a criação de grupos em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
Na ocasião, procuradores da República se queixaram do corte e disseram que a medida era "incompreensível".
O delegado Igor Romário de Paula, coordenador da força-tarefa, disse na época que estava sendo "muito difícil dar continuidade para o trabalho da forma satisfatória como sempre foi", mas que "não havia indícios de qualquer influência para barrar a investigação".

Delação de Cunha será 'casada' com a do operador Funaro

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Paraná há oito meses, está trabalhando em uma proposta de delação premiada "casada" com a de Lúcio Funaro - doleiro que é apontado em investigações como principal operador do político em esquemas de corrupção como os que envolveram a Caixa Econômica Federal.
A decisão de delatar veio depois que Funaro bateu o martelo de que tentaria fazer o acordo.
Pessoas próximas a Cunha relataram que ele se viu sem saída, já que o operador iria esvaziar suas chances de delação, além de tornar a sua libertação ainda mais difícil. Envolvidos nas negociações afirmaram a reportagem que o ex-deputado nunca esteve tão perto de tentar um acordo.
Segundo pessoas que tiveram contato com o ex-deputado, Cunha está redigindo no Complexo-Médico Penal os anexos com os fatos que pretende revelar no acordo. O peemedebista já rascunhou mais de cem anexos para a colaboração, informou a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Ainda não se sabe quantos deles serão aproveitados no acordo oficial.
Cunha deve envolver diretamente o presidente Michel Temer, os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) em sua delação.
Na tarde de quarta (5), o doleiro foi transferido do Complexo Penitenciário da Papuda, onde estava preso desde julho passado, para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília.
O pedido de transferência foi feito pelo Ministério Público Federal, com quem Funaro tenta um acordo, e autorizado pelo juiz da 10ª vara do Distrito Federal Vallisley Oliveira.
Para cuidar da negociação de sua delação, o político contratou o advogado Délio Lins, o mesmo que fez o acordo de delação do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa, do mesmo parido de Cunha, o PMDB.

Duque renuncia a 20 milhões e pede repatriação

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque abriu mão de 20 milhões que ganhou em propinas de empreiteiros. Ele mantinha a fortuna - já bloqueada - depositada em conta secreta no Principado de Mônaco. "Renuncia a todo e qualquer direito sobre os valores depositados nas contas bancárias na Suíça Banco Cramer (Contas Satiras Stiftung - Drenos Corpotarion) e em Mônaco no Banco Julius Baer (Pamore Assets INC e Milzart Overseas Holdings INC); as contas que mantém no exterior em nome das off-shores Milzart Overseas e da off-shore Pamore Assets, no Banco Julius Baer, no Principado de Mônaco, com saldo de cerca de 20.568.654,12 euros", afirmou o ex-diretor por meio de sua defesa.
Na petição, Renato Duque "autoriza, expressamente, a repatriação de todos esses valores". "Requer que o D. Juizo oficie o Ministério Público Federal para que dê início aos procedimentos da referida repatriação", solicitou. "O requerente manifesta seu interesse de colaborar com as investigações das quais tenha conhecimento de fatos relevantes sobre a Petrobras."

Conselho de Ética do Senado arquiva em definitivo processo contra Aécio

O Conselho de Ética do Senado arquivou nesta quinta-feira a representação contra Aécio Neves (PSDB-MG) por quebra de decoro parlamentar. Por 11 votos a quatro, o colegiado rejeitou um recurso protocolado no dia 27 de junho. Com isso, o caso foi arquivado em definitivo.
Apenas Lasier Martins (PSD-RS), José Pimentel (PT-CE), João Capiberibe (PSB-AP) e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defenderam que o processo tivesse continuidade. Uma articulação entre o PSDB e o PMDB pretendia adiar a análise de um recurso que pode reabrir o processo contra o tucano.