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Economia

- Publicada em 12 de Julho de 2017 às 19:59

J&F confirma venda da Alpargatas por R$ 3,5 bilhões

Companhia é dona das marcas Havaianas e Osklen, além de controlar a operação da Mizuno no Brasil

Companhia é dona das marcas Havaianas e Osklen, além de controlar a operação da Mizuno no Brasil


AMANDA PEROBELLI/AMANDA PEROBELLI/ESTADÃO/JC
A Alpargatas, dona das marcas Havaianas, Osklen e da operação da Mizuno no País, confirmou ontem que seu acionista controlador, a J&F Investimentos, vendeu o controle acionária da empresa para Itaúsa (holding de investimentos do Itaú), Cambuhy Investimentos (fundo da família Moreira Salles) e Warrant Administração de Bens e Empresas.
A Alpargatas, dona das marcas Havaianas, Osklen e da operação da Mizuno no País, confirmou ontem que seu acionista controlador, a J&F Investimentos, vendeu o controle acionária da empresa para Itaúsa (holding de investimentos do Itaú), Cambuhy Investimentos (fundo da família Moreira Salles) e Warrant Administração de Bens e Empresas.
O preço do negócio é de R$ 3,5 bilhões, sendo R$ 14,25 o valor atribuído por ação ordinária e R$ 11,40 por preferencial, vendidas pela J&F. Após delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, controladores da J&F, o grupo colocou em andamento um processo de desinvestimentos. A meta é conseguir R$ 6 bilhões.
No total, foram adquiridas 207.246.069 ações ordinárias e 47.937.043 preferenciais da Alpargatas, representando 85,78% do capital social votante; 20,95% das ações preferenciais da companhia; e 54,24% do capital social total da Alpargatas. A operação envolve a aquisição da totalidade das ações da Alpargatas detidas pela J&F Investimentos.
A Itaúsa desembolsará na transação R$ 1,750 bilhão, por 50% dessas participações, que corresponde a 27,12% do capital total da Alpargatas, e irá emitir dívida para isso. A holding de investimentos do Itaú celebrará acordo de acionistas com BW e Cambuhy para gestão compartilhada da empresa adquirida.
A forma de pagamento da compra da Alpargatas será à vista, na data do fechamento. A conclusão da operação está sujeita à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e eventuais outras autoridades concorrenciais competentes, bem como ao lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) pelos compradores e aprovações societárias da vendedora.
A J&F havia comprado a Alpargatas há 18 meses, por R$ 2,7 bilhões, para socorrer outro grupo empresarial em dificuldades - a Camargo Corrêa, que precisava de dinheiro para cumprir obrigações decorrentes do acordo de leniência que havia feito no âmbito da Operação Lava Jato.
Na época, o ativo estava sendo disputado por fundos brasileiros e estrangeiros. A J&F, no entanto, conseguiu levar a Alpargatas em tempo recorde, em negociação que durou cerca de três dias e que pegou o mercado como um todo de surpresa. À época, o valor pago foi considerado acima do esperado pelo mercado. A operação foi 100% financiada pela Caixa Econômica Federal. Agora, a Alpargatas, que arrecada mais de 50% de sua receita no exterior, foi o primeiro grande ativo que a J&F passou adiante depois que Joesley Batista entregou gravações de suas conversas com políticos, como o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves.
 
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