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Economia

- Publicada em 05 de Julho de 2017 às 10:16

Para Santander, perspectivas para Brasil estão melhores do que há 1 ano

O Brasil responde pelo maior percentual dentre todos os países nos quais o espanhol atua

O Brasil responde pelo maior percentual dentre todos os países nos quais o espanhol atua


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A crise política na qual o governo brasileiro está mergulhado há mais de dois meses não fez o banco espanhol Santander mudar seus planos para o país. Na avaliação da instituição, a perspectiva para o Brasil está, inclusive, melhor do que há um ano.
A crise política na qual o governo brasileiro está mergulhado há mais de dois meses não fez o banco espanhol Santander mudar seus planos para o país. Na avaliação da instituição, a perspectiva para o Brasil está, inclusive, melhor do que há um ano.
"A situação econômica do Brasil, sobretudo macro, é sólida. As reservas internacionais, a inflação baixando, a taxa de juros caindo. Esses são indicadores importantes, apesar da incerteza política", afirmou a presidente do banco, Ana Botín, nesta quarta-feira (5), durante encontro com jornalistas latino-americanos.
"Estamos investindo e achamos que a parte de confiança de empresas e famílias está um pouco melhor do que há um ano, e isso é muito positivo", complementou. "Portanto, nossos planos não vão mudar e estamos apostando no Brasil como sempre, e se houver oportunidades, vamos avaliar."
O Brasil responde atualmente por 26% do resultado do banco, o maior percentual dentre todos os países nos quais o espanhol atua.
"O Brasil tem excelentes resultados, e temos que apoiar os clientes em qualquer situação, com ou sem incerteza política, com ou sem crescimento econômico", disse a executiva. "Seguimos crescendo nos últimos anos, apesar da situação econômica."
Para Botín, no médio prazo a situação que o país vive fortalecerá as instituições. "É bom que haja transparência, é positivo para a confiança e para os negócios."
O otimismo do Santander com a economia brasileira também se reflete na projeção de crescimento para este ano: 0,7%. O centro de expectativas de economistas e instituições financeiras consultados no Boletim Focus é quase metade: expansão de 0,39%.
No Brasil, o Santander diz estar aberto a oportunidades de aquisição, desde que sigam critérios financeiros rígidos. "Não precisamos comprar, mas se aparecer uma oportunidade, analisaremos", disse a presidente do banco.
A executiva ressaltou que o banco poderia estar mais presente no segmento de gestão de recursos. Ela mencionou a recompra, em novembro do ano passado, de 50% da Santander Asset Management. A operação, segundo Botín, vai dar à instituição mais flexibilidade para crescer no segmento.
O futuro do banco está na tecnologia e no mundo digital, diz. "Vamos ter que reinventar o banco. O cliente é a base dessa relação, e isso hoje está no celular, no digital."
Um dos planos do Santander é levar ao Brasil e a outros países o Openbank, banco digital do grupo. Na Espanha, o Openbank não cobra tarifas e permite que o cliente realize, on-line, as operações bancárias tradicionais, como transferências e mesmo saques gratuitos em caixas automáticos.
No ano passado, o Santander concluiu a compra da ContaSuper -hoje Superdigital, conta digital tarifada. Em junho, o Bradesco deu um passo também na direção digital ao lançar a plataforma Next, banco digital com serviços de conta-corrente e investimentos.
Em abril deste ano, Itaú e o próprio Bradesco anunciaram o fim dos pacotes de serviços para quem quer movimentar a conta via canais eletrônicos.
Folhapress
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