Os problemas e as incertezas que rondam o panorama político nacional retardaram a recuperação da economia. No entanto, a estimativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) é que tanto o Brasil como o Rio Grande do Sul fechem o ano com um incremento de 0,4% a 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB). A opinião é compartilhada pelo atual presidente da entidade, Heitor Müller, e pelo futuro presidente recém-eleito, Gilberto Petry.
Müller recorda que no primeiro trimestre o País registrou crescimento da economia. No entanto, no segundo trimestre, com a situação política ficando cada vez mais atribulada, houve estagnação. Já Petry comenta que se não tivessem ocorrido as denúncias do dono da JBS, Joesley Batista, a atividade econômica estaria com um ritmo bem melhor há dois ou três meses. “Com isso deu uma parada, esperamos que não demore muito para retomar”, destaca.
Os dirigentes almejam que sejam aprovadas as reformas da previdência e a trabalhista e argumentam que, se não fossem os escândalos que abalaram Brasília, pelo menos as alterações nas regras do trabalho já teriam sido concretizadas. Na tarde de ontem, Müller e Petry estiveram na sede do Jornal do Comércio para entregar ao diretor-presidente do grupo, Mércio Tumelero, convite para a posse das novas diretorias da Fiergs e do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs), que acontecerá no dia 18 de julho.