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- Publicada em 28 de Julho de 2017 às 00:04

Socialismo, teoria e prática

Distribuição igualitária de bens e renda, extinção da divisão de classes, economia planificada, garantia de acesso a todos aos direitos básicos controlados por um governo feito pelo e para o povo. As ideias centrais do socialismo, bonitas em teoria na busca de uma forma de vida justa para todos, infelizmente naufragaram, na prática, em muitos países. Margareth Tatcher sintetizou: o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros. A grana em muitos países terminou, as experiências socialistas infelizmente não vingaram e até Mujica lamenta.
Distribuição igualitária de bens e renda, extinção da divisão de classes, economia planificada, garantia de acesso a todos aos direitos básicos controlados por um governo feito pelo e para o povo. As ideias centrais do socialismo, bonitas em teoria na busca de uma forma de vida justa para todos, infelizmente naufragaram, na prática, em muitos países. Margareth Tatcher sintetizou: o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros. A grana em muitos países terminou, as experiências socialistas infelizmente não vingaram e até Mujica lamenta.
Os erros fatais do socialismo (Faro Editorial, 240 páginas, R$ 39,90), do professor doutor F.A. Hayek, nascido em Viena em 1899 e falecido na Alemanha em 1992, mostra por que a teoria socialista não funciona na prática. Hayek foi um dos maiores pensadores do século, lecionou na London School of Economics em 1931. Em 1950, tornou-se professor de Ciências Sociais e Morais na Universidade de Chicago. Voltou à Europa em 1962 como professor catedrático de Economia na Universidade de Freiburg e lá recebeu o título de professor emérito em 1964. Hayek recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1974. Entre os mais de 15 livros escritos, destacam-se O caminho da servidão; The constitution of liberty and law; e Legislation and liberty. Hayek esteve no Brasil três vezes, entre 1977 e 1981.
De espírito independente, habituado a remar contra as marés mais poderosas da época, Hayek, com obras traduzidas e publicadas por iniciativas independentes, marcou profundamente o debate do campo da filosofia política, embasou a oposição ao regime e contribuiu para o colapso da União Soviética.
O socialismo foi um erro; Entre o instinto e a razão; As origens da liberdade, propriedade e justiça; A evolução do mercado, comércio e civilização; A revolta do instinto e da razão; A presunção fatal; O misterioso mundo do comércio e do dinheiro; Nossa linguagem envenenada; A ordem ampliada e o crescimento populacional; e A religião e os guardiões da tradição são os títulos dos capítulos da obra, que tem sete apêndices, bibliografia e índices onomástico e temático.
Num momento político e econômico crucial em países importantes e, em meio às discussões sobre esquerda e direita, a obra de F.A. Hayek é mais que oportuna e necessária.

lançamentos

  • Flying Carpet (edição do autor) tem mais de 100 fotos que Ney Amaral, médico, fotógrafo e escritor, fez em 20 anos de viagens pelo mundo. De Jaguarão até a China, passando pelos EUA, Europa e Japão, inspirado pelo francês Henri Cartier-Bresson, Amaral fotografou paisagens, pessoas, prédios e momentos com técnica e paixão. O autor já publicou, com sucesso, vários livros com fotos e dois romances. Autógrafos: 2 de agosto, às 19h, na Bolsa de Arte, com exposição das fotos.
  • Flor de Açafrão - Takes, cuts, close-ups (Autêntica, 128 páginas), de Guacira Lopes Louro, doutora em Educação pela Unicamp, licenciada em História e mestre em Educação pela Ufrgs, tem ensaios sobre gênero e sexualidade, entrelaçados ao cinema e à literatura. Nas insinuações e sutilezas das narrativas, ela vê a trama do que constrói e subverte os gêneros e as sexualidades. Publicou O corpo educado: pedagogias da sexualidade e Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer, entre outros.
  • A cobra da laranjeira, crônicas muito azedas (Consultor Editorial Publicações) é a estreia de Ana Marson, formada em Letras e mestre em Literatura Brasileira da Ufrgs, revisora de textos e designer institucional. Na contracapa, Cláudia Tajes escreve: "Mau humor para levantar o astral, acidez para acabar com a azia causada por tempos estranhos, boas doses de ironia, deboche e, por que não, esperança. Use as crônicas de Ana várias vezes ao dia, sem contraindicações".

Quixotes na Babel digital

Dom Quixote de La Mancha, cavaleiro esquálido da triste figura, na meia-idade, andou lendo uma overdose de romances de cavalaria, "dizem" que perdeu o juízo e decidiu sair por aí, tipo cavaleiro andante, para protagonizar seu próprio romance de cavalaria. A primeira edição do romance tido como o maior de todos os tempos foi em Madri, em 1605. De modo realista, a narrativa inovadora satiriza os preceitos que regiam as histórias daqueles heróis. O herói sonhador é simpático e todos nós somos meio Quixotes e meio Sanchos Panças, querendo sair por aí, falando, opinando, se metendo em muita coisa e pretendendo dar um jeito nos viventes e no planeta. Faz parte de nossa natureza conservadora e revolucionária humana. Faz parte de nossas vidas meio seguras e meio livres e de nossas intermináveis conversas, certezas e incertezas.
Será que somos Quixotes nesta Babel digital? Milhões de sons, imagens, palavras, mensagens, curtições, e-mails, hashtags, Facebook, Instagram, WhatsApp e, ainda por cima, algumas cartas, conversas de bar e telefonemas jurássicos, milhares de amigos no face, milhões de comunicações e incomunicações, grude no iPhone direto e por aí vai. Todo mundo falando tudo ao mesmo tempo, dando palpite sobre tudo, sem prestar muita atenção, ver e ouvir a si mesmos ou aos outros. Tudo rápido como quem rouba, com "otimização" total do tempo, grande produtividade dos cronicamente ocupados, foco na falta de foco ou no foco em si e acorrentados nas agendas invencíveis - será que piramos geral?
Desenhos nas cavernas, oralidade, escrita, imprensa, rádio, cinema, televisão e agora as redes sociais e a parafernália digital e vamos indo, nos comunicando ou não, por vezes sozinhos, no meio de milhões. Contar histórias e conversar é essencial, humano e mais antigo que andar a pé. Quem não se comunica se trumbica, decretou sem frescura ou afetação o grande e saudoso filósofo Abelardo Barbosa, um dos pais da comunicação brasileira.
O "excesso midiático" provocou umas doenças e uns problemas que a gente vê, em tempo real e em todas as formas de comunicação. Melhor ficar esperto e se conectar na medida. Mais de 10 horas por dia com celular, computador e outros meios pode ser prejudicial para sua saúde. Te liga e te desliga. Te desconecta e te conecta na real. A simpática e comunicativa faxineira da minha mãe, com toda a razão, esses dias me mandou largar o celular e falar com ela e com os outros. Falou e disse! Obedeci na hora e aí ela me contou uns causos da Capital e do Interior e me perguntou, com vontade de saber, como andava a minha vida.
O tempo se vinga das coisas que são feitas sem a colaboração dele. Ninguém consegue misturar farinha, ovo e água, fazer um molho de tomate de verdade e cozinhar uma bela massa caseira sem respeitar a receita e o tempo necessários. É isso, dar um tempo para o tempo, ou, como se dizia antigamente, dar tempo ao tempo. A pressa sempre foi e continua inimiga da refeição. Refeição com pressa engorda mais.

a propósito...

Ao menos por uns minutos diários, é bom ouvir o silêncio, respirar lento, dar uma meditada e se encontrar, ao menos um pouco, com si mesmo. Oito horas de trabalho, oito de diversão, oito de repouso e oito "schillings a day", a velha receita inglesa, vale. Como disse o Sig Freud, o homem é senhor de seus silêncios e escravo de suas palavras. Palavras são de prata, silêncio é de ouro. O descanso, o sossego preconizado pelo grande pensador Tim Maia e a preguiça precisam continuar. Dormir mais de 12 horas por dia e ficar sem fazer nada mais de oito horas por dia não é muito aconselhável, a não ser que você possa bancar e suportar isso sem adoecer e que você seja um desocupado despreocupado.