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Transportes

- Publicada em 27 de Julho de 2017 às 21:42

Primeiro dirigível da América Latina faz voo inaugural

ADB 3-X01 mede 50 metros de comprimento e pode carregar 1,5 tonelada e seis pessoas

ADB 3-X01 mede 50 metros de comprimento e pode carregar 1,5 tonelada e seis pessoas


BÊ CAVIQUIOLI/BÊ CAVIQUIOLI/FUTURA PRESS/FOLHAPRESS/JC
Dirigíveis parecidos com o famoso Zeppelin vão voltar aos céus de várias regiões do País, desta vez transportando cargas como celulares, pás eólicas e torres de energia. A brasileira Airship, empresa do grupo Bertolini, um dos maiores do ramo de transporte, fez, em São Carlos (SP), o voo inaugural do primeiro dirigível tripulado fabricado na América Latina.
Dirigíveis parecidos com o famoso Zeppelin vão voltar aos céus de várias regiões do País, desta vez transportando cargas como celulares, pás eólicas e torres de energia. A brasileira Airship, empresa do grupo Bertolini, um dos maiores do ramo de transporte, fez, em São Carlos (SP), o voo inaugural do primeiro dirigível tripulado fabricado na América Latina.
Ainda um protótipo, o ADB 3-X01, como é chamado o balão de 50 metros, foi concebido para transportar seis pessoas e cargas de até 1,5 tonelada. Em um ano, a empresa pretende lançar uma versão comercial, que terá a capacidade ampliada para carregar 3 toneladas.
Em meados de 2019, será a vez do ADB-3-30, que terá 120 metros e poderá carregar até 30 toneladas - como comparação, o Boeing 747-8 mede 76 metros. Pelo menos cinco empresas privadas e duas estatais já estão negociando a compra ou locação das aeronaves, revela Paulo Caleffi, presidente da Airship.
Já há carta de intenção de parceria com a estatal Eletronorte, que entregou à Airship mais de R$ 3 milhões para apoiar o desenvolvimento de um dirigível para inspeção de linhas de alta tensão em locais de difícil acesso, como montanhas e florestas. Os Correios também pretendem utilizar as aeronaves para entregar encomendas.
Caleffi não revela nomes das empresas privadas interessadas no projeto, mas adianta o uso que elas pretendem dar ao dirigível, como retirada de madeira degradada das florestas, transporte e instalação de pás eólicas, e transporte de produtos de tecnologia produzidos na zona franca de Manaus.
As Forças Armadas também poderão adaptar os dirigíveis para patrulhamento em fronteiras, por exemplo. O grupo não descarta usá-los em turismo e ações de marketing - a exemplo do que fez a Goodyear entre 1998 e 2006, quando seu blimp sobrevoava a capital paulista.
"Mas o maior objetivo é o transporte de cargas, principalmente na região amazônica, que carece de estradas", afirma Irani Bertolini, dono do Grupo Bertolini. A empresa, com sede em Manaus (AM), atua nas áreas de transporte rodoviário de soja e milho, com mais de 2 mil caminhões, e fluvial, com cerca de 230 balsas. O grupo também tem um estaleiro e uma fabrica de semirreboques, entre outros negócios.
Resultado de um projeto que começou a ser desenvolvido há 12 anos, a Airship inicialmente tinha a empreiteira Engevix como sócia. A empresa vendeu sua fatia de 50% aos Bertolini em 2016, após ser envolvida na Operação Lava Jato.
O desenvolvimento do produto consumiu R$ 150 milhões, segundo Bertolini, parte financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). O executivo não informa os investimentos nos próximos passos do projeto. Segundo Caleffi, o grupo tem 71 fornecedores brasileiros, mas boa parte dos componentes ainda será importada.
O grupo aguarda homologação dos dirigíveis que serão comercializados pela Agencia Nacional de Aviação (Anac), o que deve ocorrer em um ano. O protótipo será utilizado na escola de pilotos de dirigíveis criada pela empresa. O Brasil será o quinto país a fabricar a aeronave.

Ministro diz em MT que BR-163 estará em condições neste ano

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, espera que, até o final deste ano, mais um trecho da BR-163 esteja concluído, facilitando o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso para exportação. Em entrevista a jornalistas em Alta Floresta (MT), onde participou do Encontro Regional da Agricultura, Maggi afirmou que espera a conclusão de 60 quilômetros neste período.
"A BR-163 tinha, no programa original, o prazo deste ano para ficar concluído 100% do asfaltamento, mas acho que não será possível. Falta um horizonte de 120 quilômetros. Liberamos uns 60 quilômetros neste ano, deixando 60 quilômetros em estrada de terra", disse o ministro.
"É perfeitamente possível deixar isso em condições de trafegabilidade, estrutura perfeita, com manutenção. Daria tranquilidade muito grande para os exportadores dessa região", afirmou. De acordo com o Ministério dos Transportes, a rodovia BR-163/MT é a principal via de escoamento da produção agrícola produzida no estado de Mato Grosso.
As obras de duplicação deste segmento têm a finalidade de adequar a rodovia ao tráfego de caminhões pesados, aumentando a segurança e diminuindo significativamente o tempo de viagem neste corredor. O investimento total estimado é de R$ 920 milhões, dividido em três lotes de obras. A BR-163 integra o país desde o Paraná, passando por Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará.
O ministro também comemorou o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na semana passada. A agropecuária teve o melhor saldo (diferença entre admissões e demissões) entre os setores econômicos, com 36.827 novos postos. Além da agricultura, apenas a administração pública teve saldo positivo, de 704 novos postos.
Os demais setores tiveram mais demissões do que admissões. A agropecuária tem atraído cada vez mais jovens, segundo ressaltou o ministro da Agricultura. "O agronegócio é vitrine e tem chamado atenção dos mais jovens, não apenas pelo lucro, mas pela tecnologia", diz. "Se (o agronegócio) era feio no passado, não é mais", acrescenta.
 

Catamarã terá rota para Barra do Ribeiro

Previsão é de que novo serviço opere a partir de fevereiro de 2018

Previsão é de que novo serviço opere a partir de fevereiro de 2018


MARCOS NAGELSTEIN/MARCOS NAGELSTEIN/JC
O projeto de implantação da estação de passageiros e do píer do catamarã em Barra do Ribeiro foi apresentado em reunião na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect). O projeto foi detalhado pelo comodoro do Veleiros do Sul, Eduardo Ribas, e o encontro contou com a presença do secretário adjunto da Sdect, Evandro Fontana, e do diretor de Promoção do Investimento e Sala do Investidor, Adriano Boff.
A implantação prevê a recuperação das instalações físicas do prédio do Engenho Santo Antônio, que servirá para abrigar, além da hidroviária, inúmeras atividades, tais como lojas de artesanato e restaurantes. Eduardo Ribas destacou que o projeto terá grande impacto por promover a requalificação de uma área central e histórica às margens do Guaíba, que atualmente está sem uso. A área conta com mais de 7 mil metros quadrados.
Liderado pelo Veleiros do Sul, o projeto contempla, além da linha de passageiros, que deve começar a operar em fevereiro de 2018, a construção de uma escola profissionalizante do Pão dos Pobres, dos acessos à cidade, e de uma sede do clube náutico. Dados técnicos indicam que o trajeto Porto Alegre-Barra do Ribeiro será cumprido em 50 minutos. O catamarã opera com uma lâmina de água de 1,6 metro, no mínimo, compatível com o nível do Guaíba.
A implantação da nova linha do catamarã está praticamente definida, depois das reuniões conduzidas pela Sdect junto à administração municipal, ao Veleiros do Sul, a investidores privados e à CatSul, empresa que tem a concessão da linha. Também participaram do detalhamento do projeto o prefeito Jair Machado, o vice-prefeito Carlinhos Salomon, o secretário de Desenvolvimento Econômico, da Agricultura e Meio Ambiente de Barra do Ribeiro, Everton Antunes, e o representante do Ministério da Cultura no Rio Grande do Sul, Álvaro Franco.