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Política

- Publicada em 29 de Junho de 2017 às 22:24

Bolsonaro afirma que está satisfeito com pesquisas

'Melhor não crescer para não apanhar muito', diz Jair Bolsonaro sobre disputa à presidência

'Melhor não crescer para não apanhar muito', diz Jair Bolsonaro sobre disputa à presidência


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Carlos Villela
O encerramento da Transposul, feira promovida pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do Estado (Setcergs), teve a presença do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Embora o tema da palestra do deputado tenha sido sobre transporte de cargas e política econômica, a coletiva de imprensa teve um assunto extra bastante discutido: as eleições presidenciais de 2018, e a recente pesquisa do Datafolha, que o colocou em segundo lugar em quase todos os cenários na pesquisa sobre o próximo pleito, com percentagem média de 15%, perdendo apenas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O encerramento da Transposul, feira promovida pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do Estado (Setcergs), teve a presença do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Embora o tema da palestra do deputado tenha sido sobre transporte de cargas e política econômica, a coletiva de imprensa teve um assunto extra bastante discutido: as eleições presidenciais de 2018, e a recente pesquisa do Datafolha, que o colocou em segundo lugar em quase todos os cenários na pesquisa sobre o próximo pleito, com percentagem média de 15%, perdendo apenas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sentado ao lado de uma sargento da Brigada Militar, que usava uma camiseta cor-de-rosa com uma foto do deputado e a palavra "bolsonete", Bolsonaro fez questão de ressaltar que não está em campanha para presidente da República, mas disse estar feliz com a posição nessas pesquisas. "Para mim está excelente esse número, até melhor não crescer para não apanhar muito".
Ele afirmou que não pode se declarar candidato e que acredita ser o único político a receber processo por campanha antecipada, deixando claro ter suspeitas que o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, que pediu multa a Bolsonaro por campanha eleitoral antecipada, promove perseguição política contra ele. "Não sei se é por que ele é irmão do Flávio Dino, do PCdoB", disse.
É o mesmo PCdoB de Dino, governador maranhense, que Bolsonaro afirmou ser a causa para a sua saída do seu partido, o PSC. Ele ressaltou que ainda não pode sair do PSC, porque senão perde seu mandato na Câmara, mas que as alianças com o PCdoB no Maranhão para as eleições municipais no ano passado são o motivo da saída.
"Em troca do quê foi esse apoio não sei. Se foi por amor, é pior do que aquilo que estou pensando", comentou. Contudo, deixou claro que sairá da sigla, mesmo que seja para um partido sem tempo de televisão. Ele levantou um aparelho celular e disse: "com isso daqui, quem tiver 22% no primeiro turno vai para o segundo".
O deputado defendeu a reforma trabalhista - projeto em que votou favoravelmente na Câmara. Com frases como "o empregado vai ter que decidir: menos direitos e emprego, ou todos os direitos e desemprego" e "o que tem que valer de mais importante é o acordo firmado entre empregado e patrão, não entrar no meio a legislação trabalhista", Bolsonaro apresentou um discurso econômico condizente com o de alguns empresários presentes no local.
Também disse que, se dependesse dele, colocaria "quase em extinção" cargos de fiscalização, para nenhuma legislação "perturbar quem está produzindo".
Sobre política econômica, um dos assuntos tratados por ele em sua palestra no evento, referiu o período da ditadura militar (1964-1985), o qual considera um modelo a ser seguido. "Não tenho que entender de economia, se eu tivesse que entender 100% de economia, não seriam eleições, seria um vestibular em 2018", disse.
Além disso, trouxe pautas frequentes em seus discursos, como a exploração dos minérios de nióbio e grafeno, e que pretende visitar o Japão para ver de perto a produção de "bijuterias de nióbio". Também opinou sobre relações internacionais, acusando a China de abolir a política de filho único como política estratégica, "e está na cara que vão começar a despejar gente aqui" com interesses econômicos, especialmente, segundo ele, para explorar recursos naturais no Centro-Oeste brasileiro. "A China está com as quatro patas dentro do Brasil", criticou.
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