Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 12 de Junho de 2017 às 22:26

Consulta Popular recupera credibilidade, diz Fernandes

Presidente do Fórum dos Coredes estima passivo em R$ 400 milhões

Presidente do Fórum dos Coredes estima passivo em R$ 400 milhões


Luiz Chaves/Luiz Chaves/PALÁCIO PIRATINI/JC
Lívia Araújo
A Consulta Popular, processo em que a população dos municípios do Estado escolhe projetos com prioridade para a captação de recursos do governo, contará, neste ano, com R$ 60 milhões a serem divididos entre as 28 regiões que integram os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). Até 27 de junho, o governo do Estado está realizando as assembleias regionais, e a votação dos projetos, feita on-line e por SMS, acontecerá entre 1 e 3 de agosto.
A Consulta Popular, processo em que a população dos municípios do Estado escolhe projetos com prioridade para a captação de recursos do governo, contará, neste ano, com R$ 60 milhões a serem divididos entre as 28 regiões que integram os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). Até 27 de junho, o governo do Estado está realizando as assembleias regionais, e a votação dos projetos, feita on-line e por SMS, acontecerá entre 1 e 3 de agosto.
Ainda que ampliado em R$ 10 milhões em relação ao ano passado, o montante é muito aquém aos valores aprovados em governos anteriores, cuja média era de R$ 200 milhões por ano, de acordo com Paulo Fernandes, presidente do Fórum dos Coredes. No entanto, como salienta Fernandes, apenas entre 40% e 60% dos projetos eram efetivamente pagos, dependendo da região, o que, desde 1998 - início da Consulta Popular -, gerou um passivo próximo aos R$ 400 milhões, cuja quitação não está nos planos do governo.
"Os passivos não estamos nem avaliando, porque, se não tem dinheiro para pagar o salário em dia, imagine para pagar o que é passado", admite José Oltramari, diretor do Departamento de Participação e Consulta Popular, da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.
No entanto os valores mais recentes têm sido integralmente quitados. Segundo Oltramari, os valores dos projetos escolhidos em 2016 têm até o fim de julho para serem empenhados, e o pagamento, iniciado.
A estratégia tem tido reflexos positivos, na avaliação de Fernandes. "Estamos conseguindo recuperar a credibilidade da consulta. Os valores são menores, mas pelo menos estamos recebendo o que a população escolhe. E o governo não interfere nas demandas", diz.
Na Consulta Popular deste ano, a distribuição dos recursos seguirá a seguinte regra: do montante disponível, R$ 28 milhões serão divididos igualmente entre os 28 Coredes. O segundo bloco será partilhado entre os municípios, levando em conta indicadores como a variação do PIB, a variação populacional e a taxa de participação na Consulta Popular de cada uma das regiões. Por fim, um terceiro bloco de recursos vai se dividir em 30% para renda, 15% para saúde e 15% para educação.
De acordo com Oltramari, outros critérios estão permitindo a otimização e o aproveitamento dos recursos disponíveis para a consulta, voltados a priorizar mais os projetos regionais, em vez da "municipalização" do dinheiro. "Por exemplo, hospitais que tenham mais de 70 leitos e com especialidades, para não haver tanta procura nos grandes centros. Antes, isso ficava muito livre, e se corria risco de comprar um tomógrafo para um hospital que não tinha operador, médico... não tinha como manter. Isso, então, evita esse tipo de problemas", acredita.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO