Servidores públicos e bancários do Rio Grande do Sul e Santa Catarina participaram de um ato organizado pela Mobilização Permanente em Defesa do Banrisul Público, nesta sexta-feira, na Praça da Alfândega, contra a possibilidade de privatizações do banco gaúcho. Além disso, criticaram as ações do governo José Ivo Sartori (PMDB) para privatizar a Sulgás (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul), a CRM (Companhia Riograndense de Mineração) e a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica). No final do evento, os manifestantes abraçaram simbolicamente a agência central do banco.
Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (Sindbancários), Everton Gimenis, afirmou que, mesmo que "o governo entreguista de Sartori consiga realizar um plebiscito sobre privatização das empresas estatais, o Banrisul não vai ser privatizado".
"Porque não é um banco comum, ele serve a toda a sociedade gaúcha. Muitas cidades gaúchas só têm um banco para atendê-las, porque o Banrisul está lá. Bancos privados não abrem agências onde não existe lucratividade, e a população fica abandonada", justificou Gimenis. O líder sindical criticou ainda o uso de estatais na renegociação da dívida do Estado com a União: "Muitos estados entregaram suas empresas e seus bancos estaduais, e não resolveram dívida nenhuma". O funcionário do Banrisul de Florianópolis Cleberson Pacheco disse que os bancários da capital estão "muito preocupados, pois o banco fechou quatro agências em Santa Catarina".