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Política

- Publicada em 01 de Junho de 2017 às 21:28

Em balanço, PT culpa política econômica de Dilma pelo impeachment

Agência Estado
Em projeto de resolução no qual faz um balanço dos 13 anos de governos petistas, o PT minimiza as denúncias de corrupção contra o partido e alguns de seus integrantes e culpa a política econômica adotada no início do segundo mandato de Dilma Rousseff pela crise política que levou ao impeachment da então presidente.
Em projeto de resolução no qual faz um balanço dos 13 anos de governos petistas, o PT minimiza as denúncias de corrupção contra o partido e alguns de seus integrantes e culpa a política econômica adotada no início do segundo mandato de Dilma Rousseff pela crise política que levou ao impeachment da então presidente.
Segundo o texto, que servirá de base para as conclusões do 6.º Congresso Nacional do PT, as medidas de austeridade adotadas por Dilma no início de 2015 criaram a sensação de um "estelionato eleitoral" em comparação com o discurso de campanha do ano anterior, quando a petista prometeu não mexer em direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa".
"O ajuste fiscal, além de intensificar a tendência recessiva, gerou confusão e desânimo na base social petista: entre trabalhadores, juventude e intelectualidade progressista disseminou-se a sensação, estimulada pelos monopólios de comunicação, de estelionato eleitoral", diz o texto ainda sujeito a emendas e alterações até sábado, 3, quando termina o encontro.
De acordo com o documento, "a política econômica adotada no início do segundo mandato de Dilma para além dos efeitos econômicos sociais e econômicos que produziu teve como principal efeito político desorientar parte de nossa base social e eleitoral".
Segundo o partido, isso fez com que a popularidade de Dilma despencasse, encorajando as "forças conservadoras" a tomarem as ruas e fazendo com que parte da base do governo no Congresso Nacional se deslocasse rumo ao afastamento de Dilma.
O texto do balanço, praticamente, ignora as denúncias de corrupção na Petrobras reveladas pela Operação Lava Jato e resume o tema à conclusão de que é "indispensável superar a adaptação do partido ao modus vivendi da política tradicional do Brasil".
O balanço petista cita a Lava Jato apenas quando questiona o "republicanismo" com o qual os governos do partido trataram as nomeações para o Supremo Tribunal Federal, Procuradoria-Geral da República e Polícia Federal. De acordo com o documento, alguns setores do PT avaliam que, sem esse "republicanismo", a Lava Jato e a ação penal 470, que julgou o mensalão, não teriam prosperado e instalado uma "justiça de exceção" contra o PT.
Atingido pela Lava Jato, o PT vai defender em seu 6.º Congresso a reforma do Judiciário e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para revogar o que o partido chama de "medidas antipopulares" do presidente Michel Temer e criar condições para uma "reforma geral das instituições". Um dos cinco projetos de resolução apresentados pelas correntes do partido diz que setores do Ministério Público, das polícias e do Judiciário formaram um "poder bonapartista", em sintonia com "oligopólios da comunicação", afrontando o estado de direito.
"A violência do Estado, levada a efeito por setores do Ministério Público, do Judiciário e das polícias, particularmente no que se refere à Operação Lava Jato, materializa-se nas prisões por mera suspeita, nas conduções coercitivas sem base legal, nos vazamentos criminosos de dados e na exposição da intimidade dos investigados", diz um dos trechos do documento.
O texto servirá de base para definir as diretrizes do novo programa do PT, às vésperas do ano eleitoral de 2018. Ao mencionar a "República de Curitiba", os petistas dizem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família sofrem "brutal e inigualável perseguição" e que há um "regime de exceção" em curso no País.
As resoluções serão votadas no próximo sábado, 3. Em um dos documentos, o PT propõe um plano nacional de emergência para sair da crise. Uma das propostas prevê uma política de uso criterioso e gradual de 25% das reservas cambiais em um Fundo Nacional de Desenvolvimento e Emprego destinado a investimento para obras de infraestrutura e geração de emprego.
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