O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta quinta-feira, que não tem gravações de seu encontro como ex-diretor do FBI James Comey, demitido em maio. "Com toda a vigilância eletrônica recentemente relatada, interceptações, desmascaramentos e vazamento ilegal de informação, eu não tenho ideia se há 'fitas' ou gravações das minhas conversas com James Comey, mas eu não fiz, e não tenho, nenhuma gravação desse tipo", escreveu Trump nesta quinta-feira em uma rede social.
No mês passado, o presidente havia sugerido, em tom de ameaça, que poderia ter gravado as conversas com Comey: "É melhor James Comey torcer para que não haja 'gravações' de nossas conversas antes que ele comece a fazer vazamentos para a imprensa!".
A mensagem foi uma aparente reação a uma reportagem do jornal The New York Times na véspera, com detalhes sobre um jantar, em 27 de janeiro, em que Trump teria pedido a "lealdade" de Comey. Em resposta, o então diretor do FBI teria prometido ao presidente apenas "honestidade".
O jornal também revelou um memorando escrito por Comey logo após uma reunião com Trump, na qual pediu que ele abandonasse a investigação contra Michael Flynn, conselheiro de Segurança Nacional que deixou o cargo no início do ano depois de a imprensa revelar que ele mentiu sobre contatos mantidos com o embaixador russo nos EUA.
Em depoimento ao Senado no último dia 8, Comey afirmou que interpretou como uma "orientação" a frase de que esperava que ele "deixasse de lado" a investigação sobre Flynn.