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Energia

- Publicada em 26 de Junho de 2017 às 19:57

Chefe da Eletrobras pede nova postura na empresa

Ferreira Jr. busca reverter prejuízo operacional, que soma R$ 3,8 bilhões

Ferreira Jr. busca reverter prejuízo operacional, que soma R$ 3,8 bilhões


ANTONIO PAZ/JC
Depois da polêmica provocada pelo vazamento de conversa na qual diz que Eletrobras tem empregados vagabundos e inúteis, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr., diz que fica no cargo e que eficiência é o principal desafio da empresa. "É preciso mudar a cultura dessa empresa por uma cultura de eficiência operacional, disciplina financeira e governança corporativa", afirmou o executivo, em entrevista concedida ontem para comentar as declarações polêmicas.
Depois da polêmica provocada pelo vazamento de conversa na qual diz que Eletrobras tem empregados vagabundos e inúteis, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr., diz que fica no cargo e que eficiência é o principal desafio da empresa. "É preciso mudar a cultura dessa empresa por uma cultura de eficiência operacional, disciplina financeira e governança corporativa", afirmou o executivo, em entrevista concedida ontem para comentar as declarações polêmicas.
Na última quinta-feira, foram divulgadas gravações de conversa de Ferreira Jr. com sindicalistas, na qual ele diz defende um plano de corte de pessoal dizendo que 40% dos gestores da empresa são "vagabundos". "É óbvio que a generalização que fiz foi equivocada e já me desculpei aos funcionários, mas a gente tem uma agenda a enfrentar. Essa empresa precisa enfrentar os seus desafios." O principal, diz, é reverter o prejuízo operacional, provocado por custos superiores em R$ 3,816 bilhões ao que as tarifas podem remunerar.
Ferreira Jr. alegou que houve um problema de comunicação com empregados da empresa sobre as necessidades do ajuste na companhia. Mas disse que, apesar da polêmica, fica no cargo para tentar concluir um plano de resgate. "Estamos precisando reduzir custos, e preciso da ajuda dos gestores", afirmou. Após o vazamento interno da gravação, ele chegou a gravar um vídeo para se desculpar.
Na entrevista, o executivo reclamou de ter encontrado "atitudes complacentes" de chefes com empregados que não cumprem horários ou recebem benefícios indevidos. A gestão de Ferreira Jr. elaborou um plano com corte de pessoal e vendas de ativos, que vem enfrentando a resistência de sindicatos.
Neste momento, por exemplo, há um programa de aposentadoria incentivado em curso, com planos de atingir 2.500 pessoas - das quais 900 já aderiram - e a perspectiva de lançamento de um programa de demissão voluntária, para atingir outras 1.800 pessoas.
Além disso, a privatização de seis distribuidoras de energia, prevista para ocorrer ainda neste ano, reduz o quadro de empregados em mais cerca 5 mil pessoas. O plano prevê ainda a venda de ativos de geração, principalmente eólica, e transmissão de eletricidade, com o objetivo de arrecadar recursos para reduzir o endividamento e economizar R$ 1 bilhão com juros e amortizações.
"Estamos apresentando uma saída para a empresa, e é natural que tenha embate, porque precisamos fazer muita coisa em pouco tempo. Mas só faremos isso com o apoio dos gestores", concluiu o executivo.

Pesquisa mostra aumento da satisfação de clientes com serviço de energia

A qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras de energia elétrica subiu na avaliação dos clientes, de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). O Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida subiu para 76,8% neste ano, ante 74,4% no ano passado.
De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, o índice havia caído bastante no ano passado, devido aos efeitos do tarifaço de 2015, quando a conta de luz subiu 50%. Dois anos depois, esses efeitos foram absorvidos, disse o executivo, o que permitiu que o índice de satisfação voltasse à média verificada entre 2010 e 2015.
Leite destacou que o crescimento da satisfação dos clientes entre 2016 e 2017 foi de 3,2%, acima da margem de erro da pesquisa, de 1,3%, para mais ou para menos. "Retomamos o patamar de resultados que tivemos entre 2010 e 2015, na faixa de 77%", disse.
Do ano passado para cá, o aumento da satisfação foi verificado em todas as regiões do País, exceto no Nordeste, onde a variação foi positiva, mas se manteve dentro da margem de erro. A pesquisa foi realizada 26.575 consumidores entre os dias 4 de março e 16 de abril, em 871 municípios, em todos os estados do País. Foi a 19ª edição do levantamento, que envolveu 49 empresas.
A Abradee destacou ainda que o maior componente das tarifas hoje são impostos e encargos setoriais, taxas que financiam programas sociais e subsídios do governo. Em 2016, de cada R$ 100,00 pagos na tarifa, 42,1% foram para tributos e encargos; 39,7%, para a energia; 15,6%, para a distribuição; e 2,7%, para a transmissão.