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Economia

- Publicada em 14 de Junho de 2017 às 11:33

Polícia desbanca quadrilha de abigeato que atuava em 13 localidades gaúchas

Policiais encontraram carnes fruto do abigeato em refrigeradores em estabelecimento em Canoas

Policiais encontraram carnes fruto do abigeato em refrigeradores em estabelecimento em Canoas


IMPRENSA POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO/JC
Stéphany Franco
A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (14) a operação Cooptare que fez prisões de integrantes de um quadrilha de abigeato com atuação em regiões de todo o Rio Grande do Sul, desde o nordeste até o Sul, além da fronteira Oeste. O crime de abigeato é um dos problemas que mais preocupam pecuaristas, que amargam prejuízos e cobram mais segurança no campo. O Estado tem rebanho superior a 14 milhões de cabeças e abate por ano cerca de 2 milhões de animais.
A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (14) a operação Cooptare que fez prisões de integrantes de um quadrilha de abigeato com atuação em regiões de todo o Rio Grande do Sul, desde o nordeste até o Sul, além da fronteira Oeste. O crime de abigeato é um dos problemas que mais preocupam pecuaristas, que amargam prejuízos e cobram mais segurança no campo. O Estado tem rebanho superior a 14 milhões de cabeças e abate por ano cerca de 2 milhões de animais.
A operação revelou que funcionários das propriedades ajudavam no acesso aos animais. Cada boi era vendido a R$ 400,00, quando no mercado valeriam mais de R$ 2 mil, segundo um dos delegados. Eram furtados mil animais por ano, com lotes de menos de cem bois para não despertar atenção dos donos.  
Até a metade da manhã, 13 envolvidos já haviam sido presos, além da apreensão de veículos, entre eles um caminhão com uma carga de carne. São 48 ordens judiciais sendo cumpridas, segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil. A equipe da Polícia Civil que deu início à operação continua fazendo buscas nos locais onde a organização criminosa atuava. A investigação começou em agosto de 2016.
A ação ocorre em 13 cidades do Estado: Canoas, Santa Maria, Camaquã, Progresso, Venâncio Aires, Quaraí, Santana do Livramento, Julio de Castilhos, Paraí, Bom Retiro do Sul, Palmeira das Missões, Arroio dos Ratos e Dom Pedrito. Em Arroio dos Ratos, ficaria um frigorífico que seria usado pelos bandidos.
Para conseguir roubar os animais sem levantar suspeitas, a quadrilha cooptava - por isso, o nome da operação Cooptare (cooptar em italiano) - funcionários das fazendas com a promessa de receberem uma “recompensa” após a venda do gado. Os criminosos ainda compravam bois de pecuaristas locais pagando com cheques sem fundos, praticando estelionato e aumentando o prejuízo aos produtores.
A Polícia Civil alertou aos pecuaristas para que cuidem na contratação e acompanhamento de seus empregados, pois o envolvimento dos funcionários se revelou "a maior fragilidade" para o crime. Ao detalhar a forma de ação da quadrilha, os investigadores contaram que os grupos entravam com caminhão nas propriedades, carregavam lotes de 30 animais, que eram levados para abate, para depois colocar a carne à venda no mercado da Região Metropolitana.     

Quase uma tonelada apreendida em Canoas

A fiscal agropecuária Angela Antunes, que atuou na ação da Polícia Civil em Canoas, informa que foram apreendidos 860 quilos (quase uma tonelada) de carne em um açougue. "Havia carne sem procedência, com a data de validade vencida ou em estado de decomposição", descreve Angela, que é presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro).
Outras duas equipes formadas por técnicos agrícolas e fiscais agropecuários da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado acompanharam a ação em Palmeira das Missões e Arroio dos Ratos, onde fica o frigorífico que tem selo municipal para abates e que teria sido usado pela quadrilha para processar os animais furtados, segundo a fiscal. 
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