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Economia

- Publicada em 05 de Junho de 2017 às 18:41

Analistas aprovam maior frequência na revisão de preços pela Petrobras

Agência Estado
A possibilidade de elevar a frequência de alterações nos preços dos combustíveis indicada pela Petrobras é bem-vista por analistas de mercado e deve alterar o preço da gasolina nos postos de combustíveis, apontam especialistas.
A possibilidade de elevar a frequência de alterações nos preços dos combustíveis indicada pela Petrobras é bem-vista por analistas de mercado e deve alterar o preço da gasolina nos postos de combustíveis, apontam especialistas.
Primeiro, porque torna a empresa mais próxima da realidade de uma companhia privada. Em segundo lugar, porque eleva a previsibilidade para os investidores. Além disso, quanto maior a transparência nas decisões sobre preços, maior é a possibilidade de atrair investidores para o refino, setor no qual a petroleira detém quase 100% de monopólio atualmente.
No último dia 25, quando anunciou a redução dos preços nas refinarias em 5,4% para a gasolina e em 3,5% para o diesel, a Petrobras já havia destacado que a política de preços com correções pelo menos mensais não tem refletido tempestivamente as volatilidades de preços de internacionais de derivados e câmbio entre as datas dos reajustes, embora já mostrasse um avanço significativo em relação à sistemática anterior.
Nesta segunda-feira, 5, o presidente da petroleira, Pedro Parente, disse que a diretoria está avaliando a periodicidade das reuniões sobre alterações nos preços dos combustíveis. Contudo, ele relatou que não há uma decisão sobre o tema.
O analista da Lerosa Investimentos, Vitor Suzaki, avaliou que, neste momento, marcado por bastante volatilidade dos preços do petróleo e do câmbio, faz sentido as avaliações de preços serem mais frequentes. "É positivo, porque traz previsibilidade maior para os investidores e reduz ainda mais o risco de possibilidade de interferência política", opinou.
Nessa mesma linha, Celson Placido, estrategista da XP Investimentos, disse que a companhia está adotando uma política de mercado e se aproximando do modo de funcionamento de empresas privadas, o que é uma "excelente notícia". Ele lembrou também que tanto os preços do petróleo têm se mostrado bastante voláteis, quanto o câmbio, em função dos acontecimentos recentes na esfera política.
Ainda na avaliação de Placido, essa maior previsibilidade nas alterações de preços eleva a possibilidade de atração de parceiros no refino, um tema relevante para a Petrobras. "A empresa pode conseguir atrair parceiros, desde que existam regras claras", afirmou.
Mais cedo, Pedro Parente disse que, para a empresa conseguir atingir o objetivo de fechar parcerias no refino, é necessária uma garantia de liberdade na política de preços.
“A liberdade na política de preços é uma questão crucial na meta de fechar parcerias no refino. É a mais importante discussão no âmbito desse processo”, afirmou o executivo. “Esperamos ter uma resposta adequada que traga a visão de que a questão foi endereçada. Mas neste momento, só posso afirmar que é uma questão crucial”, disse.
Desinvestimentos e parcerias
Além disso, Parente também afirmou que, até o fim do ano, a empresa vai anunciar 30 oportunidades de parcerias e desinvestimentos, sendo que metade delas nos próximos três meses, dentro da sistemática aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O executivo disse que, para a empresa conseguir atingir o objetivo de fechar parcerias no refino, é necessária uma garantia de liberdade na política de preços.
O diretor Financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, afirmou que ainda não foi apresentado um melhor modelo a ser perseguido pela empresa no desinvestimento na BR Distribuidora. “Nossa equipe tem a obrigação de apresentar alternativas à diretoria executiva e ao conselho de administração”, relatou. Sobre eventual IPO da BR, ele afirmou que houve uma recuperação recente no mercado, porém não há definições.
Parte do plano de desinvestimentos da companhia estatal é a venda de sua participação na Braskem. Um dos entraves para a conclusão do negócio e a Odebrecht, sócia da estatal na petroquímica e envolvida na Operação Lava Jato. Atualmente, a Petrobras esbarra na falta de interesse da sócia em se desfazer do negócio e, mais recentemente, no veto do Tribunal de Contas da União (TCU) a desinvestimentos da estatal.
A companhia registrou valorização nesta segunda-feira, na contramão das cotações do petróleo. Segundo operadores, as notícias envolvendo a estatal são consideradas positivas.
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