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Política

- Publicada em 28 de Maio de 2017 às 18:46

J&F faz proposta de R$ 8 bilhões para fechar leniência, e MPF rejeita

O Ministério Público Federal (MPF) rejeitou uma proposta de R$ 8 bilhões feita pelo grupo J&F, dos empresários e delatores Joesley e Wesley Batista, para fechar acordo de leniência. O MPF, que havia pedido R$ 11 bilhões, agora fixou em R$ 10,99 bilhões sua nova contraproposta nas negociações.
O Ministério Público Federal (MPF) rejeitou uma proposta de R$ 8 bilhões feita pelo grupo J&F, dos empresários e delatores Joesley e Wesley Batista, para fechar acordo de leniência. O MPF, que havia pedido R$ 11 bilhões, agora fixou em R$ 10,99 bilhões sua nova contraproposta nas negociações.
Foi a quinta vez que o MPF não aceitou o valor oferecido pela empresa. A primeira oferta feita pela holding que controla a indústria de alimentos JBS era de R$ 700 milhões. Os irmãos fizeram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e pagarão como pessoa física R$ 250 milhões, além de garantirem benefícios como imunidade e autorização para morar nos Estados Unidos.
Segundo a força-tarefa da Operação Greenfield, que está à frente das negociações da leniência, os R$ 10,99 bilhões pedidos poderiam ser parcelados ao longo de 13 anos, com prestações semestrais, tendo início em dezembro deste ano. O valor representa 6% do faturamento do grupo em 2016, livre de impostos, que foi de R$ 183,2 bilhões.
O cálculo é feito com base na Lei Anticorrupção, que fixa em 20% do faturamento o máximo a ser pago. Para chegar ao valor, os investigadores aplicaram redutores em função da colaboração efetiva dos acionistas do grupo e da existência de programa de compliance anticorrupção da empresa.
O valor proposto pelos investigadores leva em conta também o Ebitda, indicador usado para medir o desempenho da empresa e seu valor de mercado. A multa proposta representa 64,11% do Ebitda do grupo J&F. No caso da Odebrecht, o valor foi fixado em 54% do índice. A intenção do MPF é destinar 75% do total a ser pago para o Bndes e os fundos de pensão Funcef e Petros, ficando 25% para cada. A União receberia 12,5%, enquanto que a Caixa e o FGTS, 6,25% cada.
 
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