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Política

- Publicada em 14 de Maio de 2017 às 16:54

'Julgamentos não são políticos', diz juiz Sérgio Moro

Ao participar de uma conferência em Londres, neste sábado, o juiz Sérgio Moro fez uma referência, ainda que indireta, ao modo como enxerga a condução dos processos da Lava Jato em geral - e aquele que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em particular.
Ao participar de uma conferência em Londres, neste sábado, o juiz Sérgio Moro fez uma referência, ainda que indireta, ao modo como enxerga a condução dos processos da Lava Jato em geral - e aquele que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em particular.
"Se o juiz for julgar pensando na consequência política, aí ele não está fazendo o seu papel de juiz. Acho que, muitas vezes, se faz essa confusão de que os julgamentos são políticos, quando, na verdade, não são", defendeu Moro diante da plateia do Brazil Forum UK, evento realizado por um grupo de brasilianistas que são pesquisadores de pós-graduação de universidades britânicas.
Ele e o ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo (PT) participaram da mesa que encerrou a programação do dia, debatendo o papel do Judiciário na crise política. Em sua fala, Moro teceu ponderações que podem ser aplicadas ao caso de Lula - réu interrogado por ele três dias antes do evento, no processo que investiga a propriedade do triplex do Guarujá.
"Nesses casos envolvendo corrupção de agentes políticos, em postos de elevada hierarquia, um julgamento, seja absolutório, seja condenatório, sempre tem reflexos políticos, certo? Mas esses reflexos sempre ocorrem fora da Corte de Justiça. Então, quando se condena, por exemplo, um ex-político de envergadura, alguém que teve um papel às vezes até respeitável dentro da vida política do País, inevitavelmente isso vai gerar reflexos dentro da política partidária", afirmou.
Moro foi recebido entre aplausos e vaias pela plateia de cerca de 350 pessoas, na maioria estudantes.
O ex-ministro José Eduardo Cardozo aproveitou a ocasião para dizer que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi um golpe e afirmou: "Não adianta aplaudir quando o direito suprimido é de um adversário e vaiar quando é de um aliado".
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