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Estados Unidos

- Publicada em 28 de Maio de 2017 às 18:48

Genro de Donald Trump está na mira do FBI

Jared Kushner, marido de Ivanka, manteve três contatos não revelados com o embaixador russo em 2016

Jared Kushner, marido de Ivanka, manteve três contatos não revelados com o embaixador russo em 2016


THOMAS COEX/THOMAS COEX/AFP/JC
O secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kelly, está na defensiva em relação a relatos de que o conselheiro e genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, havia proposto um canal secreto entre o governo russo e a equipe de transição do governo. Ontem, Kelly disse que não sabia se os relatos eram verdadeiros, mas afirmou ao programa de televisão Fox News Sunday que "qualquer canal de comunicação de retorno ou de outra forma com um país como a Rússia é uma coisa boa".
O secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kelly, está na defensiva em relação a relatos de que o conselheiro e genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, havia proposto um canal secreto entre o governo russo e a equipe de transição do governo. Ontem, Kelly disse que não sabia se os relatos eram verdadeiros, mas afirmou ao programa de televisão Fox News Sunday que "qualquer canal de comunicação de retorno ou de outra forma com um país como a Rússia é uma coisa boa".
Perguntado se tais comunicações eram um grande negócio, Kelly disse: "sempre que você tiver canais de comunicação com um país, particularmente um como a Rússia, eu não criticaria isso". No sábado, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, H.R. McMaster, sugeriu que essas ligações permitem uma comunicação "discreta".
Segundo sete diferentes fontes contaram à agência Reuters, Kushner, casado com Ivanka Trump, teve três contatos não revelados anteriormente com o embaixador russo em 2016 - durante a campanha presidencial e depois dela. Entre os contatos estariam duas ligações feitas entre abril e novembro do ano passado.
A nova informação surge um dia após o jornal Washington Post divulgar que Kushner discutiu com os russos, antes da posse, o estabelecimento de um canal de comunicação "secreto e seguro". Embora não seja investigado, Kushner é alvo de interesse do FBI por ter sido citado em inquérito sobre conexões entre a campanha de Trump e o Kremlin. O governo russo é acusado de ter tentado interferir no pleito.
Segundo o Washington Post, o embaixador russo nos EUA, Sergei Kislyak, teria informado a seus superiores em Moscou que Kushner propôs, em um encontro no início de dezembro, em Nova Iorque, usar instalações diplomáticas russas na capital para criar esse canal secreto com o Kremlin. O ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn, que teve que renunciar em fevereiro por ter mentido sobre suas conversas com Kislyak, também esteve no encontro, ocorrido na Trump Tower.
Sobre os relatos de contatos da campanha de Trump com a Rússia, o presidente está batendo de volta no Twitter. Ontem, ele escreveu: "em minha opinião, muitos dos vazamentos que saem da Casa Branca são mentiras fabricadas feitas pela mídia #FakeNews". A expressão "fake news" (notícias falsas, em tradução livre) foi amplamente explorada pela sua campanha presidencial para classificar reportagens que tivessem um viés negativo à sua imagem.

Governo estuda proibir laptops em cabines de voos internacionais

O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly, afirmou ontem que o país poderá proibir laptops em cabines em todos os voos internacionais saindo e chegando aos EUA com o objetivo de evitar ataques terroristas. Em março, passageiros já haviam sido proibidos de transportar eletrônicos na cabine - com exceção de um aparelho celular -, em voos oriundos de dez aeroportos do Oriente Médio e do Norte da África.
A atual proibição se aplica a voos sem escalas de ou para dez aeroportos internacionais em Amã, na Jordânia; Cidade do Kuwait, no Kuwait; Cairo, no Egito; Istambul, na Turquia; Jeddah e Riad, na Arábia Saudita; Casablanca, no Marrocos; Doha, no Qatar; e Dubai e Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. Cerca de 50 voos por dia são afetados. O Reino Unido acompanhou a medida com uma proibição para voos que chegam de seis países, nem todos iguais aos que sofreram restrições dos EUA.
Questionado em uma entrevista à rede de televisão Fox News se expandiria a proibição para incluir todos os voos internacionais, Kelly disse: "Eu poderia, pois há uma ameaça real". "Isso é realmente a coisa com a qual eles - os terroristas - estão obcecados, a ideia de derrubar um avião em voo."
Kelly revelou também que os EUA vão "aumentar a exigência, de forma geral, para a segurança da aviação muito acima do que é hoje, e há novas tecnologias no futuro, em um futuro não muito distante, com as quais vamos contar. Mas é uma ameaça sofisticada, e me reservo a tomar essa decisão até que nós possamos ver a evolução disso".
O Departamento de Segurança Interna informou, no início deste mês, que uma proibição expandida "está sob consideração". As autoridades norte-americanas estão preocupadas com o fato de que um explosivo escondido em um dispositivo eletrônico possa ser disparado manualmente na cabine ou detonado usando tomadas de energia no avião.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo vem pedindo aos governos para trabalharem com a indústria da aviação para manter os voos seguros "sem separar passageiros de seus eletrônicos pessoais". Inclusive, já houve pedidos para que os governos evitem uma expansão da proibição, argumentando que ela poderia "prejudicar as liberdades pessoais integrais para viagens aéreas internacionais". Uma pesquisa de 2016, da Associação de Experiência do Passageiro em Companhias Aéreas, mostrou que 43% dos passageiros no mundo levavam um tablet consigo, e 70% deles utilizam esses equipamentos em voo. O estudo também descobriu que 38% dos passageiros globais levam laptops a bordo, e 42% deles os utilizam durante o voo.

Homem com discurso antimuçulmano mata dois em trem

A polícia do estado de Oregon, nos EUA, vai investigar o possível elo com ideologias extremistas de um homem suspeito de matar duas pessoas em um trem de Portland na sexta-feira. Segundo os policiais, as duas vítimas foram esfaqueadas ao tentar intervir no momento em que Jeremy Joseph Christian dirigia um discurso antimuçulmano a duas jovens mulheres.
Christian, de 35 anos, foi detido sob suspeita de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. As vítimas foram identificadas como Ricky John Best, de 53 anos, e Taliesin Myrddin Namkai Meche, de 23 anos. Best morreu na hora, e Meche, em um hospital. Micah David-Cole Fletcher, de 21 anos, também foi esfaqueado ao tentar intervir e está internado em estado grave.
As duas meninas no trem também foram identificadas pela polícia. Uma delas usava um hijab, véu muçulmano, no momento do ataque. "Há muito ódio e muita violência em nosso mundo neste momento. Muito disso chegou aqui em Portland", escreveu o prefeito Ted Wheeler em redes sociais.
Dyjuana Hudson, mãe de uma das meninas, disse ao jornal The Oregonian que o homem começou a gritar as ofensas raciais assim que avistou as jovens. Sua filha é afro-americana e estava com uma amiga que vestia um hijab, disse.