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- Publicada em 14 de Maio de 2017 às 21:50

Entidade sugere que aeromóvel vire parque suspenso

Derrubada seria cara e prejudicaria uso do parque, diz vereador

Derrubada seria cara e prejudicaria uso do parque, diz vereador


JONATHAN HECKLER/JC
Igor Natusch
Trazida de volta à tona após ter um projeto rejeitado em primeiro turno na Câmara de Porto Alegre, a possível derrubada do aeromóvel em frente à Usina do Gasômetro motiva opiniões divergentes entre os diferentes atores envolvidos na questão. A proposta do vereador Idenir Cecchim (PMDB), que quer colocar abaixo a estrutura e usar parte das vigas para construir diques no Arroio Sarandi, deverá ser alvo de outra votação, em data ainda indefinida. Porém, outros vereadores e entidades ligadas à área trazem para a mesa uma segunda opção: a transformação dos trilhos em um parque suspenso, nos moldes do Highline Park, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Trazida de volta à tona após ter um projeto rejeitado em primeiro turno na Câmara de Porto Alegre, a possível derrubada do aeromóvel em frente à Usina do Gasômetro motiva opiniões divergentes entre os diferentes atores envolvidos na questão. A proposta do vereador Idenir Cecchim (PMDB), que quer colocar abaixo a estrutura e usar parte das vigas para construir diques no Arroio Sarandi, deverá ser alvo de outra votação, em data ainda indefinida. Porém, outros vereadores e entidades ligadas à área trazem para a mesa uma segunda opção: a transformação dos trilhos em um parque suspenso, nos moldes do Highline Park, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
"A gente acredita que a retirada ou não do aeromóvel é uma questão secundária", diz Jacqueline Sanchotene, presidente do Movimento Viva Gasômetro. A principal meta da associação é a criação do Corredor Parque Gasômetro, um projeto sancionado desde 2014, mas que ainda não foi além da praça Júlio Mesquita, entregue no fim do ano passado. Ela não se opõe à derrubada da estrutura, embora considere o parque suspenso uma opção mais barata e viável.
"O concreto (dos trilhos) foi feito para durar mais de 100 anos. Derrubá-lo seria muito custoso, e a prefeitura provavelmente não teria como arcar com esse valor", argumenta. A manutenção do parque suspenso, sugere Sanchotene, poderia ser feita pela cobrança de ingressos.
Além disso, diz a representante do Viva Gasômetro, a estrutura já está enraizada no imaginário dos moradores, que chamam informalmente a Júlio Mesquita de 'praça do aeromóvel'. "Mesmo sendo um monumento ao nada, já é uma referência para quem frequenta a região. Essa questão (sobre o aeromóvel) tem que ser colocada com muita clareza, talvez em forma de consulta à população. Ficaremos felizes com qualquer solução, o que não pode é ficar parado como está."
O vereador Alex Fraga (PSol) também defende a ideia de um parque suspenso. Para ele, a remoção da estrutura é "inviável", consumindo muitos recursos e gerando transtornos ao trânsito e à praça recém reformada, que teria que ser fechada no decorrer da intervenção. 
Transformar os trilhos em uma espécie de jardim, aberto à visitação, seria "uma bela alternativa" para qualificar a região da orla, diz Fraga. "Nossa cidade é muito carente de exploração turística e nos faltam espaços diferenciados com potencial de atrair turistas. Cabe aos gestores de uma cidade a criatividade de viabilizar projetos e garantir que os espaços possam ser mantidos".
A prefeitura de Porto Alegre informa ter incluído o aeromóvel no plano paisagístico para a revitalização da praça Júlio Mesquita, com a instalação de telas para o crescimento de vegetação em torno das vigas de concreto. Não há, no momento, nenhum projeto em andamento para a estrutura, cujas obras estão paradas desde 1983.
Embora originalmente parte do Corredor Parque Gasômetro, a revitalização da Júlio Mesquita acabou entrando no pacote para a revitalização da orla do lago Guaíba. O possível Corredor envolve intervenções na Praça Brigadeiro Sampaio e na área em frente à Câmara de Porto Alegre, além de restauro no Museu do Trabalho, último remanescente de um conjunto de prédios de madeira. Outra meta do Viva Gasômetro é o resgate da antiga usina de gás hidrogênio carbonado, próxima à Câmara. Datado de 1874 e tombado desde 2013, o prédio está deteriorado e muitos nem sabem da importância histórica do local.
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