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Economia

- Publicada em 23 de Maio de 2017 às 19:52

JBS já perdeu mais de R$ 15 bilhões em valor de mercado neste ano

As sucessivas polêmicas envolvendo a JBS neste ano, entre elas duas operações da Polícia Federal, uma do Ibama e as delações do empresário Joesley Batista, já sangraram R$ 15 bilhões em valor de mercado da companhia. No período que vai de 28 de dezembro do ano passado até ontem, a avaliação da JBS na bolsa despencou quase à metade, passando de R$ 32,8 bilhões para R$ 17,9 bilhões, segundo dados da Bloomberg.
As sucessivas polêmicas envolvendo a JBS neste ano, entre elas duas operações da Polícia Federal, uma do Ibama e as delações do empresário Joesley Batista, já sangraram R$ 15 bilhões em valor de mercado da companhia. No período que vai de 28 de dezembro do ano passado até ontem, a avaliação da JBS na bolsa despencou quase à metade, passando de R$ 32,8 bilhões para R$ 17,9 bilhões, segundo dados da Bloomberg.
O estrago era para ser maior, considerando que as ações da empresa chegaram a recuar 12% na sessão de ontem e entraram em 10 leilões, na tentativa de estabilizar os preços. À tarde, conseguiram reverter a situação e subiram 9,53%, maior alta diária desde 6 de dezembro do ano passado, quando os papéis dispararam 19,07%.
A alta desta terça, porém, não é indicativo de perspectiva melhor para a empresa, na avaliação de um dos poucos analistas que se arriscam a fazer algum comentário sobre a companhia. Poucos vêm a público tentar delinear um cenário para a JBS em um momento em que a companhia está imersa na maior crise de sua história.
Aldo Moniz, analista-chefe da Um Investimentos, aponta que a multa a ser paga na delação, ainda em negociação, é um fator de risco às finanças da empresa. Os procuradores querem R$ 11,2 bilhões (ou 5,8% do faturamento do grupo em 2016). A JBS propõe pagar R$ 1 bilhão (0,5% do faturamento).
"Eu não recomendo comprar ações da JBS. Há uma preocupação com o acordo, além de todas as acusações de uso de informação privilegiada, de vender ações para lucrar com essa história", afirma. O analista se refere às investigações em curso na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre a atuação da empresa nos dias anteriores à delação de Joesley, na última quarta-feira.
A JBS teria comprado uma quantidade expressiva de dólares supostamente para aproveitar a valorização da moeda norte-americana - o dólar disparou 8% na quinta-feira, um dia após o presidente da empresa informar que tinha áudios que comprometiam o presidente Michel Temer. A empresa diz que comprou a moeda para proteção financeira. Os acionistas controladores também teriam vendido ações nos dias anteriores, supostamente escapando de uma desvalorização que somou 37% somente entre o fechamento de quarta-feira e o pregão desta segunda.
A empresa teve a nota de crédito cortada por duas agências de classificação de risco: Moody's e Fitch.
 
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