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Economia

- Publicada em 11 de Maio de 2017 às 17:58

Consumo de bens industriais cresce e indica melhora do setor

Depois de números do IBGE mostrarem sinais de recuperação lenta da produção industrial no primeiro trimestre, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgados nesta quinta-feira também apontam que a situação das fábricas brasileiras melhorou nos primeiros três meses do ano. O indicador de consumo aparente subiu 0,8% de janeiro a março, na comparação com os três meses anteriores. O índice é formado pela produção interna, mais importações, menos exportações, e é uma forma de medir a demanda dentro do País. Em relação ao mesmo período de 2016, a alta foi de 1,9%.
Depois de números do IBGE mostrarem sinais de recuperação lenta da produção industrial no primeiro trimestre, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgados nesta quinta-feira também apontam que a situação das fábricas brasileiras melhorou nos primeiros três meses do ano. O indicador de consumo aparente subiu 0,8% de janeiro a março, na comparação com os três meses anteriores. O índice é formado pela produção interna, mais importações, menos exportações, e é uma forma de medir a demanda dentro do País. Em relação ao mesmo período de 2016, a alta foi de 1,9%.
A recuperação tem sido marcada por resultados oscilantes. Apesar do desempenho no trimestre, os dados mensais variaram: queda de 0,5% em janeiro; alta de 1,2% em fevereiro; e queda de 2,7% em março, na comparação com o mês anterior.
Todas as categorias analisadas fecharam o trimestre em alta, com exceção dos bens de capital - normalmente associadas ao nível de investimento no País. O segmento fechou o período com retração de 0,5%, frente aos três meses anteriores. O destaque positivo ficou por conta dos bens de consumo duráveis (como eletrodomésticos, por exemplo), que registraram alta de 0,8% no trimestre.
Em março, o resultado foi negativo: queda de 2,7%, frente a janeiro. Foi o pior resultado para o mês, nesse tipo de comparação, desde 2001 (quando a queda foi da mesma intensidade). Considerando todos os meses, o tombo de fevereiro é o pior desde dezembro de 2015. Influenciou negativamente a queda de 8,5% dos bens de consumo duráveis.
Na semana passada, os dados da pesquisa industrial mensal (PIM) do IBGE mostraram que a indústria brasileira cresceu 0,6% no primeiro trimestre, frente a igual período do ano passado, o primeiro resultado positivo nesse tipo de comparação desde 2014.
Para o economista do Ipea Leonardo Carvalho, autor do estudo, os dados mostram que a atividade econômica passa por um momento de transição, em que ainda não é possível falar em uma tendência de recuperação - algo que só deve começar a ser observado a partir do ano que vem. "A atividade econômica, no momento, ainda está passando por uma etapa de transição. Está bem claro que o fundo do poço já passou, mas a gente ainda não vê um cenário em que uma tendência de crescimento já esteja ocorrendo. Isso vai acontecer mais para frente, se nada no cenário tiver algum tipo de reversão", disse.
Carvalho acrescentou que há sinais positivos, como a melhora nos números de importações, um dos fatores que entra na conta do indicador. Em julho do ano passado, as compras externas de bens industriais acumulavam queda de 21,5% em 12 meses. Em março, essa retração desacelerou para 2,4%.
Parte desse movimento foi influenciada pelo aumento das importações de bens intermediários, os insumos para produção de outros produtos industriais. Quando sobem, indicam que os empresários têm intenção de aumentar o ritmo de produção nas fábricas. "O fato de a gente estar importando mais é um bom sinal para a indústria. No caso de bens intermediários, que têm o maior peso, é um setor em que a indústria brasileira tem pouca flexibilidade para substituir importação. Quando você quer produzir mais, os intermediários (insumos), quando você está importando mais é sinal de que você tem a intenção de produzir mais", destacou.
 
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