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Opinião

- Publicada em 20 de Abril de 2017 às 16:13

Grande demais para quebrar

A expressão "too big to fail" pode ser traduzida por "grande demais para falir" e notabilizou-se quando Warren Edward Buffett, um norte-americano de uma cidadezinha de nome Omaha, Nebraska, Estados Unidos, hoje segundo homem mais rico do mundo - à época era o primeiro, tendo doado metade da sua fortuna à Fundação gerida por Bill e Melinda Gates -, cuja biografia vale a pena conhecer, caiu de paraquedas, após sua empresa, a Berkshire Hathaway, ter adquirido ações da aclamada em Wall Street Salomon Brothers Inc., instituição que se envolveu, no início da década de 1990, em um dos maiores escândalos no comércio de títulos do Tesouro norte-americano. Buffett, à época eleito chairman e CEO da Salomon Brothers, fez o impossível para evitar sua falência, o que, caso ocorresse, causar-lhe-ia ruína financeira e culminaria em milhares de desempregados, sem esquecer-se da quebra de confiança do público investidor. Sua incansável empreitada só teve êxito porque o secretário do Tesouro norte-americano e o próprio mercado conheciam sua história, honradez, integridade e ações éticas. Deram um voto de confiança a Buffett muito antes do que à Salomon. Ao reunir seus executivos, Buffett afirmou: "Vocês podem errar e causar perdas financeiras à cia. e serão perdoados; agora, se causarem danos à imagem e à reputação da empresa, não haverá perdão e serei implacável". Uma década após, em 2008, outro escândalo nos EUA fez voltar a expressão "too big to fail". Envolveu a fraude nas hipotecas e o gigante Lehman Brothers.
A expressão "too big to fail" pode ser traduzida por "grande demais para falir" e notabilizou-se quando Warren Edward Buffett, um norte-americano de uma cidadezinha de nome Omaha, Nebraska, Estados Unidos, hoje segundo homem mais rico do mundo - à época era o primeiro, tendo doado metade da sua fortuna à Fundação gerida por Bill e Melinda Gates -, cuja biografia vale a pena conhecer, caiu de paraquedas, após sua empresa, a Berkshire Hathaway, ter adquirido ações da aclamada em Wall Street Salomon Brothers Inc., instituição que se envolveu, no início da década de 1990, em um dos maiores escândalos no comércio de títulos do Tesouro norte-americano. Buffett, à época eleito chairman e CEO da Salomon Brothers, fez o impossível para evitar sua falência, o que, caso ocorresse, causar-lhe-ia ruína financeira e culminaria em milhares de desempregados, sem esquecer-se da quebra de confiança do público investidor. Sua incansável empreitada só teve êxito porque o secretário do Tesouro norte-americano e o próprio mercado conheciam sua história, honradez, integridade e ações éticas. Deram um voto de confiança a Buffett muito antes do que à Salomon. Ao reunir seus executivos, Buffett afirmou: "Vocês podem errar e causar perdas financeiras à cia. e serão perdoados; agora, se causarem danos à imagem e à reputação da empresa, não haverá perdão e serei implacável". Uma década após, em 2008, outro escândalo nos EUA fez voltar a expressão "too big to fail". Envolveu a fraude nas hipotecas e o gigante Lehman Brothers.
No Brasil, vivemos a Lava Jato e um mar de lama envolvendo as maiores empreiteiras do País. Acredito que estas empresas sempre apostaram no jargão "too big to fail". São grandes demais para quebrar. Não basta existirem bem redigidos programas de integridade (compliance) se não houver real mudança de cultura, de comportamento, enfim, se estas grandes companhias não forem comandadas por pessoas cujo caráter as impedirá de jogar o jogo sujo da corrupção.
Professor de Direito Empresarial na Unisinos
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