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Internacional

- Publicada em 06 de Abril de 2017 às 23:21

Trump lança mísseis contra a Síria

Cerca de 60 mísseis Tomahawk, como os da imagem, foram disparados contra base aérea síria

Cerca de 60 mísseis Tomahawk, como os da imagem, foram disparados contra base aérea síria


Christopher Senenko /Christopher Senenko/US NAVY/AFP/JC
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desencadeou ontem à noite uma ofensiva militar contra a Síria. O exército norte-americano disparou cerca de 60 mísseis Tomahawk de navios de guerra no Mar Mediterrâneo contra a base aérea Shayrat do governo sírio, segundo a CNN. A ação ocorre dois dias após um ataque com armas químicas que deixou 72 mortos civis na Síria, inclusive crianças.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desencadeou ontem à noite uma ofensiva militar contra a Síria. O exército norte-americano disparou cerca de 60 mísseis Tomahawk de navios de guerra no Mar Mediterrâneo contra a base aérea Shayrat do governo sírio, segundo a CNN. A ação ocorre dois dias após um ataque com armas químicas que deixou 72 mortos civis na Síria, inclusive crianças.
Segundo o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, o governo de Donald Trump já começou também a coordenar esforços para a retirada do ditador sírio, Bashar Al-Assad, do poder.
Nesta quinta-feira, o governo da Turquia confirmou que o sarin, uma arma química, foi usada no ataque em Khan Sheikhun, cidade síria controlada por opositores de Assad. Segundo os jornais The New York Times e Washington Post, o Pentágono já estudava "opções" para um ataque militar ao país, em conversas que envolviam o secretário de Defesa, Jim Mattis, e o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Joseph Dunford.
O secretário de Estado disse aos jornalistas "não haver dúvida" de que o regime sírio é responsável pelo ataque químico, e que é preciso uma "resposta séria" ao massacre. "Com as ações tomadas por ele (Assad), parece não haver espaço para que ele governe o povo sírio", disse.
A recente escalada no tom do governo Trump contra o ditador é uma mudança significativa em relação à posição que o republicano vinha mantendo desde a campanha eleitoral, e vem após uma dura reação de outros países ao ataque.
Até o início desta semana, o discurso oficial de Trump e sua equipe era de que a saída de Assad não era uma prioridade para os EUA, mas sim derrotar o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Tillerson afirmou nesta quinta-feira que o processo para a retirada do ditador "requer um esforço da comunidade internacional". Ao ser questionado se os EUA estariam à frente dessa coordenação, ele respondeu: "esses passos estão sendo dados".
O próprio Trump sugeriu uma possível resposta ao ataque ao conversar com jornalistas no avião rumo à Flórida. "O que aconteceu na Síria é uma desgraça para a humanidade. E ele (Assad) está lá, e eu suponho que ele esteja à frente das coisas, então eu acho que algo deve acontecer", afirmou.
Trump não anunciou o ataque com antecedência, embora ele e outras autoridades de segurança nacional tenham aumentando os alertas contra o governo sírio ao longo desta quinta-feira.
O ataque aconteceu enquanto o republicano recebia o presidente chinês, Xi Jinping, em uma reunião em que deveriam discutir os lançamentos de mísseis pela Coreia do Norte. As ações de Trump na Síria podem sinalizar à China que o novo presidente não tem medo de tomar medidas militares unilaterais.
Apesar de o governo turco confirmar o uso de armas químicas, o presidente russo, Vladimir Putin, tem criticado os países por culparem o regime sírio. Segundo o Kremlin, ele disse ao premiê israelense ser "inaceitável" acusar Assad antes de uma "investigação internacional objetiva".
O governo russo diz que o envenenamento e as mortes foram causados após um ataque atingir uma instalação onde rebeldes contrários ao regime estariam estocando armas químicas.
Nesta quinta-feira, o governo Assad voltou a negar que tenha usado armamento químico contra a população.
 
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