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SETOR METALMECÂNICO

- Publicada em 25 de Maio de 2017 às 15:02

Setor metalmecânico à espera da retomada

Depois dos péssimos resultados em 2016, expectativa é de uma estagnação da queda neste ano

Depois dos péssimos resultados em 2016, expectativa é de uma estagnação da queda neste ano


SIMECS/DIVULGAÇÃO/JC
A estagnação econômica e o recuo nas vendas de veículos pesados no ano passado repercutiram de forma negativa nas empresas dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e, consequentemente, metalmecânico da Serra. O maior polo do setor no Estado conta com 3.500 empresas em 17 municípios da região e passa por um momento de desafio. A queda no faturamento foi de 21% em relação a 2015, segundo os dados do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs). O presidente da entidade, Reomar Slaviero, informa que 2016 foi o pior dos últimos anos e que ainda é cedo para saber como 2017 vai se comportar, embora os primeiros resultados indiquem uma estagnação da queda. "Este ano começou devagar e precisamos que seja melhor, pois nossa situação é muito preocupante. Vivemos os piores momentos da nossa história", afirma Slaviero.
A estagnação econômica e o recuo nas vendas de veículos pesados no ano passado repercutiram de forma negativa nas empresas dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e, consequentemente, metalmecânico da Serra. O maior polo do setor no Estado conta com 3.500 empresas em 17 municípios da região e passa por um momento de desafio. A queda no faturamento foi de 21% em relação a 2015, segundo os dados do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs). O presidente da entidade, Reomar Slaviero, informa que 2016 foi o pior dos últimos anos e que ainda é cedo para saber como 2017 vai se comportar, embora os primeiros resultados indiquem uma estagnação da queda. "Este ano começou devagar e precisamos que seja melhor, pois nossa situação é muito preocupante. Vivemos os piores momentos da nossa história", afirma Slaviero.
Segundo o dirigente, a retração nas receitas se deu nos três setores básicos da economia industrial local: automotivo, eletroeletrônico e metalmecânico. No automotivo, segmento de maior impacto econômico na cidade e região, a queda no faturamento das empresas chegou a 21,5%. No mercado eletroeletrônico o recuo foi ainda mais crítico, quase 32% de diminuição nas receitas, praticamente um terço a menos do que em 2015. As exportações, mesmo embaladas por um câmbio mais favorável, apresentaram desempenho negativo de 6,49%. "O ano passado foi o pior para nós, com um faturamento de
R$ 11,2 bilhões. Tendo como base a média das receitas anuais no período 2010-2013, de R$ 24 bilhões, observamos uma queda para R$ 20 bilhões em 2014 (-16,6%), R$ 14,2 bilhões em 2015 (-40,8%) e R$ 11,2 bilhões em 2016 (-53,3%). Ou seja, o faturamento da indústria, em 2016, foi 53% menor do que a média observada em anos de produção normal", afirma.
A queda nas vendas da indústria refletiu diretamente no fechamento de postos de trabalho. Em 2016, o saldo negativo de empregos (contratações menos demissões) foi de 3.707 postos fechados. A indústria encerrou o ano com 10% a menos de trabalhadores do que em dezembro de 2015. No acumulado dos últimos três anos foram mais de 18,1 mil vagas a menos.

Setor busca ajuda do governo federal

Machemer lamenta índices negativos de emprego e  diz que empresários estão receosos em contratar

Machemer lamenta índices negativos de emprego e diz que empresários estão receosos em contratar


SIMECAN/DIVULGAÇÃO/JC
Em todo País, a indústria de máquinas e equipamentos encerrou fevereiro de 2017 com 292,6 mil pessoas ocupadas, mesmo número de janeiro, o que poderia sinalizar a estabilidade do emprego no setor. Na comparação interanual houve redução de 18,3 mil postos de trabalho, queda de 5,9%. Desde 2013, quando teve início a quebra de faturamento da indústria de máquinas, já foram eliminados mais de 87 mil postos de trabalho, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
"O setor puxa toda a economia da Serra Gaúcha e se não forem tomadas medidas imediatas vamos perder mais postos, pois temos empresas com grandes dificuldades, prestes a fechar", diz o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), Reomar Slaviero. Em meio à crise, o setor reivindica a liberação de linhas de créditos acessíveis. A preocupação é a mesma do Sindicato das Indústrias de Metalmecânica e Eletroeletrônicos de Canoas e Nova Santa Rira (Simecan). O presidente Roberto Machemer diz que em 2015 muitas vagas de emprego foram fechadas e que a situação permanece inalterada. "As retomadas foram muito tímidas, ninguém quer empregar por falta de perspectiva", diz.
As exportações que poderiam trazer alento, também estão em ritmo lento.

Sul Corte cresceu no primeiro trimestre

caderno da industria 2017 metalmecanico Sul Corte credito divulgacao Sul Corte divulgacao JC

caderno da industria 2017 metalmecanico Sul Corte credito divulgacao Sul Corte divulgacao JC


SUL CORTE/SUL CORTE/DIVULGAÇÃO/JC
Líder na fabricação e comercialização de serras circulares, serras de fita e máquinas de corte industrial no Brasil, a Sul Corte, de Caxias do Sul, garante estar preparada para os desafios e já comemora a retomada do crescimento. Segundo Eduardo Esteves, do marketing da empresa, nos três primeiros meses de 2017, houve 28% de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque foram os 42% de crescimento da unidade de Joinville (SC). "A meta é realizar 40% de crescimento neste ano", afirma Esteves.
O mercado externo representa cerca de 30% do volume de vendas na matriz com produtos distribuídos em mais de 30 países, nos cinco continentes. "Participações nas mais importantes feiras do setor e prospecção de novos clientes no Brasil e do mundo nos permitem esperar boas perspectivas de crescimento para 2017, em especial na Europa e regiões Sudeste, Norte e Nordeste do País", diz ele.
A empresa aposta na adoção de tecnologias digitais relacionadas ao seu processo produtivo para tornar sua gestão ainda mais inteligente e interligada, rumo à era da indústria 4.0. Por investir em tecnologia e automação, mesmo com a crise, a empresa reduziu pouco seu quadro de colaboradores. Hoje, conta com mais de 120 funcionários, distribuídos em três unidades (Caxias do Sul, Joinville e Valinhos-SP).