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Economia

- Publicada em 24 de Abril de 2017 às 16:53

UCS patenteia processo que barateia tratamento de efluentes industriais

Doutoranda Letícia fez parte do desenvolvimento do novo material ecológico no laboratório da UCS

Doutoranda Letícia fez parte do desenvolvimento do novo material ecológico no laboratório da UCS


Claudia Velho/UCS/divulgação/jc
Amanda Jansson Breitsameter
Uma novidade desenvolvida pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) pode baratear o processo de despoluição de efluentes industriais para as indústrias têxtil e papeleira. A área de Biotecnologia da UCS recebeu recentemente a carta-patente de uma tecnologia ecológica que contribui diretamente no processo. A substância, além de ser natural, pode ser empregada como material antipoluente e também é utilizável na produção do papel.
Uma novidade desenvolvida pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) pode baratear o processo de despoluição de efluentes industriais para as indústrias têxtil e papeleira. A área de Biotecnologia da UCS recebeu recentemente a carta-patente de uma tecnologia ecológica que contribui diretamente no processo. A substância, além de ser natural, pode ser empregada como material antipoluente e também é utilizável na produção do papel.
Em resumo, a pesquisa detectou que a adição de diferentes concentrações de metais durante o cultivo sólido do fungo Pleurotus sajor caju, uma espécie de cogumelo comestível comum na natureza, superpotencializa a produção de enzimas lacases e manganês peroxidases (MnP). Segundo o coordenador da pesquisa e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UCS, Aldo Dillon, com isso a universidade barateou o desenvolvimento da enzima, que destrói os poluentes presentes nos efluentes. Assim, é possível produzir uma substância despoluidora de forma mais econômica, o que deve impactar diretamente no tratamento de efluentes dos setores papeleiro e têxtil. 
"Se trabalha muito pouco com a questão da despoluição, porque isso não traz dinheiro. As empresas enxergam como ônus. O que os nossos resultados mostram é que é possível baratear esses processos, produzindo uma quantidade maior de enzimas do que está descrito atualmente na literatura", explica Dillon. Na indústria têxtil, por exemplo, de 10 a 15% dos corantes não são fixados durante o tingimento e passam a ser componentes dos efluentes.
Para o pesquisador, a compromisso da biotecnologia não é só ajudar no desenvolvimento de produtos, mas resolver problemas gerados pela tecnologia. "Nós vemos como obrigação da área dispor ao mercado esse tipo de tecnologia", defende.
A certificação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) dá a patente à UCS, que fica autorizada a repassar, para qualquer empresa interessada em produzir em escala industrial, o know-how para o desenvolvimento das substâncias com emprego como material antipoluente e também utilizáveis na produção do papel.
O material foi desenvolvido a partir de trabalhos realizados pelos professores Aldo Dillon, como orientador, Stela Maris da Silva, então doutoranda, e Letícia Osório da Rosa, à época estudante de Biologia e hoje doutoranda em Biotecnologia.
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