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consumo

- Publicada em 06 de Abril de 2017 às 17:43

Agas projeta recuo de 12% nas vendas de Páscoa

Supermercados esperam vender 6,6 milhões de ovos de chocolate

Supermercados esperam vender 6,6 milhões de ovos de chocolate


/JONATHAN HECKLER/JC
A opção por realizar as compras de Páscoa na última hora vem dando o tom dos hábitos de consumo dos gaúchos nos últimos anos. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, recomenda, entretanto, que os consumidores antecipem suas compras para a data, evitando filas e garantindo a aquisição das marcas preferidas. Segundo estudo da entidade, os empresários do setor projetam queda de 12% nas vendas ovos de chocolate nesta Páscoa em relação a 2016.
A opção por realizar as compras de Páscoa na última hora vem dando o tom dos hábitos de consumo dos gaúchos nos últimos anos. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, recomenda, entretanto, que os consumidores antecipem suas compras para a data, evitando filas e garantindo a aquisição das marcas preferidas. Segundo estudo da entidade, os empresários do setor projetam queda de 12% nas vendas ovos de chocolate nesta Páscoa em relação a 2016.
Os supermercados do Estado devem comercializar 6,6 milhões de ovos de chocolate até o dia 16 de abril, domingo de comemorações da festividade. Segundo o dirigente, o sábado dia 15, que antecede a Páscoa, será o dia de maior movimento nos supermercados gaúchos, até o momento, neste ano.
A Agas projeta que nove em cada 10 consumidores vão comprar seus chocolates para a Páscoa em lojas de supermercados no Estado. "Quanto aos preços, o valor médio dos produtos típicos de Páscoa está 8,5% superior ao ano passado", detalha Longo.
A data alavancará a venda de outros produtos. As colombas pascais deverão apresentar um incremento de 9,3% nas vendas. A data contemplará, ainda, a comercialização de azeites, azeitonas e vinhos, além de carne, cervejas, refrigerantes e sobremesas para o churrasco do domingo.
O setor prepara a comercialização de 520 toneladas de pescados para o almoço da Sexta-Feira Santa, no dia 14 de abril. A expectativa da Agas é de alta de 6,6% na comercialização de diversos tipos de peixes para a data, em sua maioria congelados.
 

Consumidor quer reduzir os gastos

As vendas na Páscoa deste ano não devem apresentar crescimento expressivo. Sondagem realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais mostra que, entre os consumidores que vão realizar compras na Páscoa, 39% planejam diminuir os gastos na comparação com 2016, principalmente as mulheres (47%).
O aumento dos preços dos ovos de chocolates e demais produtos típicos do período, sem que a renda também tenha crescido (42%), e o desemprego (21%) são as razões mais mencionadas entre quem acha que vai gastar menos na data comemorativa. No total, 57% dos brasileiros vão presentar alguém nesta Páscoa. Três em cada 10 (28%) consumidores estão indecisos, e 15% disseram abertamente que não realizarão compras.
Levando em consideração os consumidores que não vão comprar chocolates, os motivos mais citados são o endividamento e a priorização de dívidas (22%). A falta de costume ou o fato de não gostarem da data (18%) e o desemprego (17%) completam a lista de justificativas. Entre os indivíduos da classe C, o percentual de endividamento (28%) e o desemprego (22%) são ainda maiores do que para o restante da amostra.
"A piora da economia ainda exerce um forte impacto sobre o consumidor, que acaba sendo obrigado a limitar seus gastos para organizar as finanças. Diante dessas dificuldades, até mesmo datas comemorativas de grande apelo, como a Páscoa, sofrem com a priorização de gastos do brasileiro. Cabe ao empresário do varejo investir em promoções, preços atrativos e em estratégias de vendas para atrair os consumidores que estão indecisos, que representam um grande percentual", afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
O levantamento revela ainda que 56% dos consumidores têm a sensação de que os preços dos produtos para a Páscoa estão mais caros neste ano do que em 2016. Para 24%, os valores estão na mesma faix,a e apenas 4% acreditam em preços menores.
Não tão popular quanto o amigo secreto natalino, a versão "amigo chocolate" pode ser uma alternativa para quem quer gastar menos. A pesquisa revela que, entre os que vão presentear alguém, 21% vão entrar na brincadeira, que será feita, sobretudo, entre familiares (62%), amigos (42%) e colegas de trabalho (35%). O gasto médio com o presente do "amigo chocolate" será de R$ 36,00.