A partir de hoje, as escolas estaduais do Rio Grande do Sul devem estar com as portas fechadas, por tempo indeterminado. A paralisação, definida pelo Cpers/Sindicato na semana passada, é parte de um esforço nacional convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, e dos protestos convocados, em todo o País, contra a proposta de reforma da Previdência do governo federal.
Além da pauta nacional, que inclui o cumprimento da Lei do Piso, o magistério gaúcho posiciona-se contra recentes medidas do governo de José Ivo Sartori, como o parcelamento de salários e atrasos no 13º salário, além de arrocho salarial. O Cpers também exige a nomeação de concursados e a manutenção do Instituto de Previdência do Estado (Ipergs) como uma instituição pública.
Pela manhã, está previsto um ato em frente à escola Costa e Silva, no bairro Medianeira, em Porto Alegre. O professor José Morais foi desligado do corpo docente após alterar o nome da escola no cabeçalho das avaliações, adotando o termo "ditador". Em nota, a Secretaria Estadual de Educação qualificou a greve como "inoportuna", alegando que a paralisação pode prejudicar mais de 900 mil estudantes gaúchos.