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Fomento

- Publicada em 28 de Março de 2017 às 23:44

Badesul lançará programa para pequenas empresas

Siebrecht, Susana e Bertinetti se reuniram na Câmara Brasil-Alemanha

Siebrecht, Susana e Bertinetti se reuniram na Câmara Brasil-Alemanha


FREDY VIEIRA/JC
Mesmo ainda sofrendo o impacto do calote milionário que teve com as empresas Iesa Óleo e Gás e Wind Power, o Badesul espera se recuperar neste ano e já planeja atuar com novos produtos. No próximo mês, o banco de fomento gaúcho lançará, em parceria com o Sebrae, um programa destinado às pequenas empresas do Rio Grande do Sul.
Mesmo ainda sofrendo o impacto do calote milionário que teve com as empresas Iesa Óleo e Gás e Wind Power, o Badesul espera se recuperar neste ano e já planeja atuar com novos produtos. No próximo mês, o banco de fomento gaúcho lançará, em parceria com o Sebrae, um programa destinado às pequenas empresas do Rio Grande do Sul.
"A iniciativa vai dar condições para essas companhias superarem o grande obstáculo que é a questão das garantias", frisa a presidente do Badesul, Suzana Kakuta. A ação será chamada de Programa Badesul Pequena Empresa. A dirigente detalha que, a partir da assessoria que o Sebrae presta à companhia de pequeno porte na parte de gestão, o banco concederá crédito ao empreendedor. Em uma primeira fase, o Badesul trabalhará com um limite global de R$ 20 milhões dentro do programa. Individualmente, as empresas poderão obter pequenos montantes de até R$ 500 mil.
Apesar dos planos traçados, Suzana admite que os calotes que o banco sofreu continuam afetando a instituição. O Badesul encerrou o ano passado com um revés de R$ 66 milhões, mesmo tendo obtido um bom desempenho operacional. Além disso, o assunto reflete nos limites de repasses com o Bndes. Porém a executiva adianta que a expectativa é chegar ao final de 2017 com o resultado "pelo menos empatado, e 2018 será o ano da virada do Badesul".
Suzana comenta que o banco intensificou o nível de cautela para conceder financiamentos. A presidente reforça que a instituição pretende atuar fortemente em setores tradicionais, como o agronegócio e o metalmecânico; ajudar a inserir novas economias, como um cluster de tecnologia na área da saúde; e apoiar a infraestrutura dos municípios gaúchos. Nesse sentido, a instituição auxiliará os municípios a montarem projetos de Parcerias Público-Privada (PPP).
Para este ano, o Badesul estima um desembolso de aproximadamente R$ 500 milhões para investimentos de longo prazo. Suzana foi uma das palestrantes da primeira reunião-almoço de 2017 promovida ontem no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, pela Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul. Também participaram do evento o CEO da Ciber Equipamentos Rodoviários, Daniel Siebrecht, e o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti.
Siebrecht citou na ocasião que um dos problemas enfrentados atualmente no Brasil é o baixo nível de industrialização. O foco da Ciber é a comercialização de equipamentos usados na construção de rodovias. A empresa possui em torno de 30% do market share desse segmento no Brasil. Siebrecht argumenta que, diferentemente do que há seis meses, hoje é possível perceber uma reação positiva da economia mundial. No entanto, o executivo cita que essa recuperação ocorre mais fora do que dentro do País.
O executivo aponta a Argentina como uma nação que vem verificando essa melhora. No caso do Brasil, o empresário enfatiza que a companhia acredita na capacidade do mercado nacional e que é uma questão de tempo para que esse potencial seja comprovado no dia a dia. O presidente da Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul, Everson Oppermann, também aproveitou a reunião para ressaltar o clima de euforia que foi gerado com o grupo alemão Fraport, que arrematou recentemente a concessão do aeroporto Salgado Filho.
O dirigente defendeu que a sociedade precisa mobilizar-se para que a obra de ampliação da pista de aterrissagem e decolagem, uma das contrapartidas da concessão, não demore para sair do papel e, se possível, seja antecipada. Oppermann destacou que a vice-presidente executiva sênior da Fraport, Aletta von Massenbach, informou que a companhia esperava concluir a ampliação em mais 920 metros (a estrutura possui 2.280 metros) em quatro anos. Foi divulgado ainda no almoço de ontem o 35º Encontro Econômico Brasil- Alemanha, que será realizado no Centro de Eventos da Fiergs, entre os dias 12 e 14 de novembro.

Terminal Santa Clara espera aumentar cargas por contêiner

Atualmente, o transporte de contêineres a partir do terminal Santa Clara, localizado em Triunfo, vem sendo atendido por uma única barcaça da Navegação Guarita. Porém a expectativa é de que uma segunda embarcação ingresse na operação ainda neste ano, confirmando-se o cenário de que o volume de cargas movimentadas justificará essa estratégia.
A barcaça usada hoje tem uma capacidade para movimentar 85 contêineres de 40 pés ou 170 unidades de 20 pés. No momento, a embarcação está verificando uma ocupação de cerca de 60% da sua capacidade total, e o ideal, segundo o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, é algo em torno de 90%. O executivo prevê que será possível se aproximar desse percentual a partir de abril.
O Tecon é justamente uma das pontas do trajeto Rio Grande - Triunfo, recebendo e enviando cargas para o chamado Contesc (Contêineres Terminal Santa Clara). Bertinetti informa que o complexo na Região Metropolitana de Porto Alegre está conseguindo fidelizar algumas cargas, como resinas petroquímicas, frangos, não tecidos, entre outras. Já sobre o desempenho do Tecon Rio Grande para 2017, Bertinetti estima que a movimentação de contêineres será semelhante à do ano passado, que foi de 734 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).